Gustavo Rocha: E os meus investimentos durante a crise do corona vírus?

23/03/2020 às 11:48


“Compre ao som dos trovões e venda ao som dos violinos” Sei que o momento é de muita apreensão, as forças de mercado estão atuando em cima das notícias ruíns (obviamente que oportunidades não surgem acompanhadas notícias boas), mas aos meus amigos eu tenho sugerido que parem de olhar os extratos dos rendimentos dos seus fundos de ações e foquem em acompanhar as cartas dos gestores, verifiquem se mantém a credibilidade nos seus gestores dos fundos investidos e, caso sintam confiança e possam, intensifiquem os aportes e mantenham os aportes. Ao final dessa crise você terá obtido uma experiência e uma fortuna que muitos jamais conseguirão obter nesta existência. Estamos diante do que pode ser a grande oportunidade deste século. Sendo operador de bolsa e muitos amigos me ligam aflitos para obter algum aconselhamento sobre os seus investimentos neste momento de derretimento global das bolsas e, consequentemente, dos seus investimentos. O Brasileiro acostumou-se por várias gerações a investir na “segurança” da renda fixa, emprestando ao perdulário o governo tendo obtido retorno sem se preocupar com a oscilação diária, marcada a mercado, do seu patrimônio. Coisa que agora acabou e o investidor teve que ir para a bolsa e te justo agora presencia um derretimento que tem tirado o seu sono. Tendo vivido de perto o crash de 2008 e também estudado de forma um pouco aprofundada os crashes da bolsa Americana desde o início do século passado, tenho dito aos amigos que o que estamos vendo agora é uma fotografia instantânea de um momento que ficará na história como uma das grandes oportunidades de multiplicação de riqueza da nossa existência. As empresas listadas na bolsa de valores são exatamente as empresas que empregam pessoas (muitos de nós mesmos) e produzem produtos que consumimos cotidianamente nas nossas vidas. A marcação a mercado das ações reflete as expectativas de lucros que estas empresas podem ter no futuro de acordo com as expectativas econômicas do mercado global. Não pretendo entrar no detalhe momentâneo das oscilações malucas oriundas do pânico global do vírus Chinês, pretendo discorrer um pouco mais sobre a história e mostrar ao investidor comum como ele pode enxergar este momento como uma grande oportunidade. Para isso relacionarei as piores crises vividas desde o século passado e como os investidores pacientes conseguiram se recuperar e produzir riqueza a partir delas. O pior crash foi o de 1929, cuja bolsa americana perdeu 86% do seu valor de mercado e abriu um mercado de baixa que durou 34 longos meses. O pico daquela época só voltou a ser atingido em 1954, portanto 25 anos depois. Assumindo o pior cenário para o investidor, desde que ele não tenha tido uma interrupção de renda e tenha interrompido suas compras de ações, ele deve ter obtido valorizações absurdas após o fundo do crash (e tendo comprado no fundo). Foi a maior crise e a maior oportunidade já vivenciada. O crash de 2008 que pôs em cheque todo o sistema financeiro global durou 17 meses, tendo a bolsa americana caído 56%. Imagine o poupador que manteve a sua posição e permaneceu comprando durante o período de baixa, reinvestindo os dividendos, que fortuna não teria esse investidor conseguido obter. O mercado é sempre pra cima Para o investidor que está de fora e mantém grande parte dos seus recursos em investimentos seguros, não precisa nem desenhar a oportunidade que tem diante de sí, pois este investidor está tendo a maior oportunidade da sua vida, aquela que realmente poderá fazê-lo mudar de patamar de uma vez por todas, já que conseguirá comprar na baixa histórica. Gustavo Andrade Rocha    

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