A Associação DPL vem a público expressar seu repúdio aos ataques sofridos recentemente pela Professora Ludimilla Oliveira, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), da qual ela é atualmente Reitora.
Sendo uma associação conservadora, uma das principais pautas do DPL é a defesa e preservação daquelas instituições e valores que assoalharam o caminho para que ascendêssemos humanamente.
Um desses valores é a liberdade, sem a qual nossas universidades jamais teriam, inclusive, prosperado. Hoje, sabemos, a liberdade impulsionou o nosso avanço em todos os seus aspectos, abarcando ciência, economia, cultura, etc.Desse modo, uma das razões para o surgimento do DPL foi o reconhecimento do atual estado abjeto de nossas instituições de ensino superior, as quais frequentemente abrigam indivíduos hostis à liberdade e, consequentemente, a tudo aquilo que promove o avanço de nossas instituições.
Assim, a exemplo do que tem ocorrido com professores de diversas instituições, os quais são muitas vezes vilipendiados em virtude de suas posturas consideradas conservadoras e liberais, a Professora Oliveira foi recentemente abordada de forma ameaçadora e ofensiva enquanto circulava em público com seu esposo (portador de problemas cardíacos, inclusive). Os ataques envolveram diversas ofensas e agressões verbais, em público, em virtude de suas posições consideradas “de direita”, bem como do fato de ela ter sido recentemente escolhida pelo presidente Bolsonaro para o cargo de reitora da Ufersa, o qual simplesmente fez uso de uma prerrogativa sua ao escolher seu nome a partir de uma lista tríplice.
Portanto, tendo em vista a necessidade de que a liberdade seja preservada, pois ela não subsiste sozinha, mantemos nossa posição em sua defesa, reiterando nosso repúdio a todo ato hostil ao pluralismo de ideias e àquele direito fundamental pétreo assegurado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões”.
Desse modo, ao repudiarmos os ataques à Professora Oliveira, insistimos que tal ameaça não se restringiu a ela, uma vez que elas representam uma ameaça mais ampla, à liberdade e, mesmo, à dignidade da pessoa humana. Trata-se, pois, de um ato bárbaro que deve ser não apenas objeto de repudio social, mas de punição em acordo com o império da lei.