Enquanto o CORONAVÍRUS já apresenta sinais de declínio no resto do mundo, onde a sociedade colabora como pode e os empresários se reúnem com o estado em busca de soluções, no Rio Grande do Norte, o Governo do Estado afastado de tudo e de todos, permite as melhores condições para o avanço do COMUNAVÍRUS. Este fenômeno que, além de causar baixas por problema de saúde não resolvidos, traz consigo a probabilidade de matar muito mais pessoas por falta de emprego e de fome.
Ao ler a notícia do pedido do Secretário de Tributação em busca de recursos junto ao Governo Federal, fica muito evidente a falta de preparo dos nossos líderes em lidar com crises multifacetadas e difusas e ao mesmo tempo nos mostra de forma mais clara como fazer para agravá-las, sempre à espera de um milagre vindo de fora do Estado.
O Governo Estadual apresentou uma única ação para resolver o problema, inicialmente e de forma muito emblemática, tudo girava em torno do Hospital de Campanha do Arena das Dunas, onde 100 leitos, a custos altíssimos, e sem uma infraestrutura de saúde compatívelpara mobiliá-lo, resolveria o problema do RN para sempre. Sim, mas qual problema seria resolvido com esse hospital de campanha? Acho que somente os problemas da política partidária e da campanha de 2020, porque a simples montagem de um aparato hospitalar não seria suficiente para conter o avanço da pandemia.
Seguem-se os adiamentos dos picos que mais parecem picos de agulhas infectadas com o vírus da miséria e do desemprego. Pedindo recursos e simultaneamente criticando as ações do Governo Federal, a equipe segue em frente com sofisticados meios de gerenciamento de dados e informações, mas sem nenhuma capacidade de interpretá-los e transformá-los em decisões.
Paralelamente, o RN vai quebrando e se tornando mais pobre de recursos e de autoestima, pois as mortes pelo vírus vão agravando o estado emocional e psicológico dos mais carentes e cuja perspectiva de retomada do seu emprego e daquilo que construiu durante toda a sua vida vai se esvaindo sem esperança de um dia ser restabelecido.
O Governo Federal já repassou mais de 700 milhões para o Estado e não se sabe como ele está sendo aplicado, falta transparência, mas acima de tudo um Plano de Contingência que mostre a todos as metas a serem atingidas durante o seu desenvolvimento.
Com o desemprego e o fechamento de empresas e microempresas, elementos basilares da economia do Estado, cai a arrecadação e com ela a falta de capital para tocar ações essenciais, e o Governo continua mandando todos ficarem em casa, sem respeitar aqueles que sequer têm casa, falam de isolamento para idosos que vivem em sua maioria dentro de um imóvel, às vezes até móvel, de apenas um cômodo.
Falta-lhes uma estratégia, ações coordenadas com os municípios que, embora tenham recebido do STF a independência para legislar sobre a sua própria sorte, não possuem nenhuma estrutura para isso. Esse Plano de Contingência deveria responder a várias perguntas: Como está sendo distribuído o recurso recebido? Quais as prioridades? Como estão sendo distribuídos os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ? Como está se efetivando a proteção dos nossos profissionais de saúde? E os idosos, como estão sendo tratados? Como cuidar do componente emocional dessas pessoas, evitando com isso que a depressão se una com a COVID 19?
E a economia local como se encontra? Ficará a mercê dos 600 reais do Governo Federal, que foi tão criticado por promover aglomerações e filas à frente da Caixa Econômica? Como estão os hotéis da nossa rede hoteleira, antes tão concorridos?
Volto mais uma vez a desafiar os gestores a que seja elaborado um Programa de Abertura Progressiva do Mercado, que de forma seletiva, como já vem acontecendo em outros países e até em outros estados do Brasil, os empresários, industriais e comerciantes entrem, junto com o Estado, na estruturação de ações dentro de suas empresas, de forma profissional e responsável, aplicando os testes para a COVID 19 e monitorando esses profissionais, proporcionando-lhes um transporte da empresa direcionado para o grupo para desloca-los de sua residência apanhado em rotas especiais, criando com isso o direito a essa empresas que se habilitarem a esse Programa a retomarem de forma progressiva e coordenadaa sua atividade.
O Governo do Estado ao invés de combater aqueles empresários que lutam pela retomada do mercado, deveria aliar-se a eles na busca de uma solução compartilhada, dividindo com eles parte de uma tarefa para qual já se mostrou ineficaz.
Já que dizem a todo momento que é hora de união de forças, aonde está a demonstração de que essa intenção existe de fato e que não é apenas uma ação meramente política. Dessa forma, teremos a certeza de que mesmo havendo uma redução da atual margem de lucros dos empresários e micro empresários, evitaria a quebradeira e o aumento do número de desempregados e seus reflexos.Premiem aqueles que apresentarem o maior número de funcionários livres do vírus, com isenções e com bonificações específicas.
EM HOMENAGEM AOS QUERIDOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE, UMA FRASE DE WINSTON CHURCHILL: NUNCA TANTOS DEVERAM TANTO A TÃO POUCOS