Os policiais antifascistas, movimento de cunho político partidário, espécie de polícia paralela, querem intimidar o andamento da investigação instaurada pelo promotor de Justiça Wendell Beetoven. Isso porque o "Movimento" convocou uma manifestação dos "companheiros" para o dia em que está previsto a tomada de depoimento dos investigados no Complexto de Delegacias Especializadas, o CODEPC.
O detalhe dessa situação que expõe a contradição do grupo é que a "Polícia Antifascita" ganhou destaque no Rio Grande do Norte porque queriam impedir uma manifestação de apoio ao presidente Bolsonaro, com a justificativa de que isso seria um descumprimento dos decretos em vigor que proibiam aglomerações e protestos (carreatas).
Liberdade essa que, agora, os policiais antifascistas defendem ao convocar os "companheiros" para uma manifestação no dia em que está previsto a tomada de depoimento. O grupo ainda coloca no convite o aviso: "Venha para a rua e seja consciente: mantenha o distanciamento social e venha protegido com máscaras de proteção e álcool 70%. Dia 11 de Agosto, 8h, no CODEPC, em Natal!", como se isso fosse possível, afinal, o depoimento será prestado no Complexo de Delegacias, local onde já há um efetivo considerável de policiais e servidores trabalhando.
Entendo a forma intimidatória do grupo de 23 policiais que não querem essa investigação. Só isso já é muito grave, o próprio código processo penal fala em prisão preventiva para aqueles que querem atrapalhar o curso das investigações. Também tem o decreto da governadora que proíbe aglomerações.
Só espero que o comandante da Polícia Militar honre suas calças e mande coibir a manifestação como tem no decreto da governadora Fátima Bezerra. O próprio MP poderia comunicar a justiça a tentativa de intimidação.