O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) afirmou que irá apurar a conduta da juíza Inês Marchalek Zarpelon, que citou a raça de um homem negro para aumentar sua sentença condenatória em sete anos. O documento foi proferido em junho deste ano, mas ganhou visibilidade na quarta-feira (13).
Na sentença condenatória, a magistrada do Fórum Central da Região Metropolitana de Curitiba, no Paraná, declarou: "Sobre sua conduta nada se sabe, seguramente integrante do grupo criminoso, em razão de sua raça, agia de forma extremamente discreta os delitos e o seu comportamento, juntamente com os demais, causavam o desassossego e a desesperança da população, pelo que deve ser valorada negativamente.
Em nota, a juíza disse que "em nenhum momento houve o propósito de discriminar qualquer pessoa por conta de sua cor". "Sinto-me profundamente entristecida se fiz chegar, de forma indequada, uma mensagem à sociedade que não condiz com os valores ue todos nós devemos diuturnamente defender", declarou.
Além do CNJ, a Ordem dos Advogados do Brasil do Paraná vai pedir uma apuração por crime de racismo. "Essa sentença tem uma nulidade e uma carga discrimantória quando fala da condição social e de sua condição de origem negra do acusado por isso a Ordem repele esse tipo de manifestação", afirmou Cassio Telles.
R7.com
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