Duas coisas que não faltam na nossa vida, um galo cantando em qualquer parte do mundo às 5h da manhã e uma vizinha gostosa. Na casa de veraneio tem uma vizinha linda, 30 anos, recém separada, de parar o litoral. Seus filhos, genros, netos, todos doidos por ela, mas você é o garanhão, vai pegar a gostosona.
O dia amanhece, sua esposa veste o biquíni, você olha para ela, meu Deus, como algo implode em 44 anos. Mas é isso, construíram juntos uma linda família, um filho desempregado, duas filhas dona de casa, o outro filho ajuda na empresa. Já tem uma neta que fuma maconha, um netinho com namorado, de fato Deus foi muito generoso com sua família.
A gostosona de biquíni, sempre olhando, você se sente o cara, pegador, ainda charmoso. Na praia puxa conversa, no banho de mar se esbarram, pronto tá no papo.
Atirado como nos velhos tempo, marcam para se encontrarem às 23h na praia, a 200 metros da casa tem um terreno.
Sábado é dia de bebida, todos bebem muito, menos você, vai entrar em ação mais tarde. A família dorme, todos bêbados. Você toma banho, coloca leite de rosas, uma colônia alfazema e vai pegar seu velho companheiro, o viagra. Tiro curto, mas potente, é dia de dar um show de virilidade, os 65 anos não pesam.
Algum neto filho da puta pegou seu azulzinho que estava escondido no guarda-roupa, que serve como dispensa e farmácia. Você entra e pânico, a hora chegando, o desejo nas alturas, mas sem o canhão para disparar sua masculinidade.
Mas o tesão fala mais alto, você vai ao encontro. Muitos beijos, amassos, cheiros, texturas, mãos percorrendo o corpo cheio de curvas, mas infelizmente o que era para subir ficou morto na dele, parado, murcho. Que vergonha, volta para casa arrasado. Dorme.
No dia seguinte olha para vizinha, ela sorrir debochadamente. Depressão na certa. Vai na farmácia, compra o bichinho, pega a esposa depois de 6 meses sem nada, é uma festa. Viva o amor!
*Esse conto foi escrito em dezembro de 2019