O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, relatou nesta quinta-feira (21) que o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, lhe afirmou que vai ajudar a "destravar" a burocracia para envio ao Brasil de insumos das vacinas contra a Covid-19.
Pazuello disse que conversou com o embaixador nesta quarta. O Instituto Butantã e a Fiocruz podem produzir vacinas no Brasil, mas dependem dos produtos que vêm da China. A demanda do mundo inteiro por esses insumos gerou o temor no Butantan e na Fiocruz de que falte o material no Brasil.
O ministro da Saúde ressaltou que, na conversa, o embaixador disse que os obstáculos para o envio são burocráticos, e não políticos ou diplomáticos. A liberação do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) passa pelo governo chinês.
"Todos compreendem que os insumos que vêm da China atendem ao Butantan e à Fiocruz. Estamos em negociação diplomática com a China. Conversei ontem [quarta-feira] pessoalmente duas vezes com o embaixador chinês. Conversei na parte da manhã com ele e solicitei que ele pudesse fazer uma entrevista à tarde, e foi feita. Ele vai fazer as gestões necessárias. Colocou para mim que não há nenhuma discussão política ou diplomática no assunto, e sim burocrática. Ele vai encontrar onde está esse entrave e vai ajudar a destravar", afirmou Pazuello em um pronunciamento à imprensa.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também conversou com o embaixador da China nesta quarta e relatou uma resposta parecida com a de Pazuello. Maia disse que, também a ele, o embaixador garantiu que os entraves são burocráticos.
A iniciativa de negar fatores políticos ou diplomáticos se deve a hostilidades que já foram proferidas contra a China por pessoas de dentro ou próximas ao governo do presidente Jair Bolsonaro.
Fonte: G1.