Uma decisão judicial obrigou o Governo do Estado a arcar com 40% dos custos dos atendimentos de obstetrícia do Hospital Municipal Percílio Alves, mantido pela Prefeitura de Ceará-Mirim, e que atende mais de 20 municípios, fazendo partos e procedimentos obstétricos de toda a região.
Só que o volume de atendimento no ano passado foi muito maior que o esperado e os próprios técnicos da SESAP foram lá recentemente e constataram o déficit, sugerindo ao próprio Governo repactuar os valores. Pois bem, o sempre ausente secretário de saúde Cipriano Maia bateu o pé e diz que não paga, e ainda joga a culpa pro município, que só no ano passado arcou com mais de R$ 2.000.000,00 de despesas que não eram suas.
Com isso, o município de Ceará-Mirim não consegue suportar a conta sozinho e teve de suspender o atendimento aos pacientes vindos dos demais municípios, pois poderia faltar recursos em saúde pros próprios cearamirinenses. E aí o Governo, bem ao seu estilo, usa a sua força de comunicação pra dizer que a culpa é de Ceará-Mirim.
Segundo o prefeito Júlio César "essa versão do secretário Cipriano, colocando a culpa no município de Ceará-Mirim, vai se acabar na próxima semana, numa audiência na Justiça Federal, quando ficará demonstrado quem está falando a verdade; o Estado não quer corrigir e aumentar o repasse, e o municipio não pode pagar uma conta que não é dele", concluiu o prefeito.