Através desta nota, o Mulherio das Letras Zila Mamede e a Coletiva Nísia Floresta vêm a público manifestar solidariedade ao aluno do PPGeL, o mestrando Rafael Oliveira da Silva e à sua orientadora, a professora, pesquisadora e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC de São Paulo, Maria da Penha Casado Alves, cujo trabalho foi atacado no Blog do GN.
Em tempos de ataques misóginos, necessitamos esclarecer que a referida orientadora formou e permanece formando muitos profissionais da área de linguagem, contribuindo para o crescimento da sociedade potiguar. Rafael é um fruto de seu trabalho e, por sua vez, produzirá novos frutos nas salas de aula em que atua e atuará, ou seja, o aluno é um retorno de qualidade aos investimentos em educação. O jovem é o primeiro da família a cursar universidade e fazer pós-graduação. A dissertação ainda será defendida e, portanto, ninguém teve acesso ao texto escrito pelo mestrando, exceto a banca examinadora. Isso faz parte dos ritos acadêmicos.
O blogueiro, que sequer leu o trabalho e vive de polêmicas, fofocas, disseminação de fake News, acaba prestando um desserviço à população potiguar ao falar sobre o que se produz na pós-graduação da UFRN, algo que ele não conhece.
A UFRN é uma instituição respeitada e figura entre as melhores da América Latina. Uma instituição se faz com homens, mulheres, livros, muita pesquisa e serviços de extensão prestados à sociedade.
Linguagem é objeto da ciência também. Mesmo assim, é importante responder à seguinte pergunta: para que serve um professor que faz uma pós-graduação em estudos da linguagem?
É um profissional que retornará à sociedade para formar pessoas que saibam a diferença entre um discurso de ódio e liberdade de expressão. É o profissional que ajudará pessoas a entenderem discursos e não se tornarem reféns em uma negociação por não compreender, com profundidade, um acordo. É o profissional que livrará pessoas da ignorância, de leituras tão rasas e até de comportamentos nocivos à convivência em sociedade. É sempre bom lembrar que a linguagem é uma extensão do homem.
Que tempos são esses em que precisamos defender o óbvio?
NOTA DE REPÚDIO A GUSTAVO NEGREIROS PELO ATAQUE AOS PESQUISADORES DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM/UFRN
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