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Pandemia dificulta setor de eventos esportivos

A pandemia de coronavírus fez algumas competições esportivas, que ganhavam força, inclusive econômica, no mundo, como as provas de corrida de rua, foram completamente paralisadas. O resultado foi o esfacelamento de negócios, a perda de empregos, prejuízos econômicos em cidades que recebiam as provas e os turistas, além, claro, das consequências para o esporte e até mesmo para a saúde da população.

A nova onda do vírus, que, nesse momento, assusta o Brasil, provocou um novo adiamento nos planos dos organizadores de competições e também nos atletas, que sente muita falta de provas como por exemplo a Meia Maratona do Sol e do Norte-Nordeste Open de Jiu-Jitsu, responsável por reunir cerca de 10 mil pessoas em um fim de semana para competir em Natal.

O empresário e jornalista Gabriel Negreiros, sócio do HC Sports revela que, apesar dos 14 meses com a empresa parada, a esperança ainda existe e os eventos estão programados para o segundo semestre de 2021, quando já se espera uma maior imunização da população. Além disso, ele garante que os protocolos elaborados pelos esportes são capazes de garantir a segurança sanitária dos que se inscreverem.

Com a esperança em vista, Negreiros e todos os que trabalham na área de competições esportivas esperam por uma recuperação de uma fatia da economia que mostrava força antes do covid-19. Segundo a ABEOC Brasil - Associação Brasileira de Eventos, em estudo ainda de 2013, no Brasil houve cerca de 60 mil empresas em toda a cadeia de serviços, gerando mais de 1,8 milhões de empregos. A mesma associação afirma que a taxa de crescimento anual é de cerca de 6,5% ao ano.

Em 2019, em estudo digital, a ABEOC Brasil em um novo levantamento, ouvindo 155 empresas de todo o Brasil, chegou aos números interessantes do mercado, como por exemplo que 98% são pequenas empresas, 72% estão inseridas no regime de tributação Simples ou MEI, 81% tem 1 ou 2 sócios e o faturamento médio anual é de R$ 1.780.000,00.

Em fevereiro de 2019, antes do efeito da pandemia invadir o mundo, a Eventbrite, plataforma global de ingressos e tecnologia para eventos, realizou um levantamento em que estima um crescimento de 80% nos eventos para o ano de 2020. A pesquisa contorno com mais de 6.500 entrevistados da América Latina.

"O estudo aponta que 78% dos organizadores brasileiros pretendem fazer mais eventos em 2020, devendo também aumentar suas equipes em 66% dos casos para atender a demanda. Na outra ponta, apenas 3% dos entrevistados afirmam que irão produzir um menor número de eventos. Mundialmente, o país lidera como expectativas na área, à frente do Reino Unido, que pretende aumentar em 58%, e Alemanha, com 56%", cita a pesquisa.

A principal motivação deste crescimento é que as empresas organizadoras pretendiam gerar mais receitas, seguidos pela divulgação de suas marcas ou causas. Entre as empresas entrevistadas as receitas são provenientes de venda de ingressos (67%), patrocínios (58%) e parcerias (41%).

"Trabalhamos com dados para julho. Nosso principal evento que é a Meia Maratona do Sol já está com inscrições abertas e será no dia 18 de setembro. A gente diz, sobre isso, que, se chegar em setembro, ainda com vacina, sem condição de executar nada será sinal que terão que as atividades e buscar outras coisas para fazer. Você imagina, qualquer empresa fica a mais de um ano sem trabalhar", desabafa.

O empresário, que está fazendo seu mestrado e cujo tema do trabalho é a situação atual passada pelas empresas, afirma que, segundo dados fornecidos pela ABRACEO – Associação Brasileira de Corridas de Rua e Esportes Ao Ar Livre, como atividades deste setor movimentaram em 2018 mais de 3,1 bilhões de reais em inscrições, patrocínios, venda de produtos personalizados, serviços de saúde, entre outros. A estimativa do SEBRAE, que colaborou com o estudo, esse mercado cresceu cerca de 75% até a final de 2021.

A Abraceo ainda divulgou que em 2018 foram realizados mais de 7 mil eventos no Brasil, chegando a movimentar mais de 5 milhões entre os inscritos. Há ainda cerca de 500 empresas organizadoras empregando cerca de 200 mil pessoas.

A volta dessas atividades, inclusive, demandar mudanças, ainda que a pandemia esteja controlada, uma vez que a crise sanitária, mudou também o comportamento das pessoas em ambiente público e com grande movimentação. "Elas são mais atentas como questões de saúde e segurança e isso afeta diretamente os eventos. Como as pessoas são mais atentas como ações de cada empresa. Não é necessário apenas se comunicar bem em relação às medidas de segurança ofertadas, é preciso cumpri-las conforme estão estabelecidas em decretos. Com esse pensamento a HC Sports estabeleceu protocolos baseados nos estabelecidos pelas associações que trabalham no segmento de eventos (ABRACEO, ABRAPE, entre outros). Além disso, por ser uma empresa de produção de competição esportiva, é uma fomentadora de saúde. Por isso, em todas as reuniões com os órgãos responsáveis é demonstrado os caminhos parados pela OMS – Organização Mundial de Saúde, sobre os estudos relacionados às atividades esportivas", explica Negreiros.

Além disso, o empresário/jornalista espera que os órgãos públicos também passem a ter uma visão mais ampla sobre a realidade dos esportes em meio as questões de saúde pública que se impõem na atualidade. "Alguns tipos de atitude tomadas acabaram que criminalizar os eventos, até mesmo os que criaram padrões ideais e imitados no mundo inteiro, como por exemplo do show de Safadão na Arena das Dunas. Isso se ampliou para o esporte e a criminalização acabou estimulando a clandestinidade", explicou.

Segundo o empresário, aqueles que trabalham procedimento seguidos, que pagam impostos corretamente, entre outras ações, acaba sendo prejudicado, pois é o único a ser fiscalizado e a obedecer as legislações.

Negreiros garantem que existem protocolos muito seguros para algumas atividades esportivas ao ar livre. Ele cita como exemplo das competições que tinha sido programada, em Natal e que acabou não acontecendo.

"A gente tem um evento chamado Pé na Praia, programado para 12 de dezembro, que foi adiado porque já havia iniciado a ideia de voltar ao fechamento das coisas. Em janeiro, com o novo entendimento, voltou a haver a possibilidade de haver a coisa. Mas quando se fala em evento, você pensa em aglomeração. Mas pense no evento que seria feito no espaço aberto, na beira da praia, com 650 inscritos, num espaço de 7,5 mil metros quadrados de ida e outros 7,5 mil metros quadrados de volta, com a maré seca seca, mais 30 metros. Se você multiplicar tudo isso e dividir pelo número de participantes dá mais de 350 m2 por pessoa. São 150 vezes mais do que o protocolo vigente em qualquer lugar, inclusive os locais fechados", explica.

Apesar desse caso, Gabriel Negreiros concorda que, no momento atual, onde os leitos de UTI estão completamente ocupados, o sistema de saúde está colapsado, o número de mortes bate recordes e a imunização ainda não atingiu níveis aceitáveis, faz-se necessária uma parada para que esses números voltem a cair. "Nesse momento não tem a menor condição de fazer nada. Essa é a hora de assegurarmos a vida de todos. Mas, quando passar, no segundo semestre, esperamos poder voltar com nossas atividades", conclui.

Tribuna do Norte

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