Foram 5 meses intensos, mas acabou meu ciclo na TV Ponta Negra. O projeto do Jornal do Dia foi montado com uma ideia de Micarla, até a forma, entrar de casa, tudo muito novo pra mim. Serviu muito para aprimorar o poder de sistese, eram duas entradas de 3 minutos. 

Micarla bancou sozinha minha ida para a TV, a diretoria não queria, os jornalistas não queriam. A pressão foi gigante, cada vez que pressionavam, mais apoio recebi de Micarla, depois de Dona Miriam. E assim foi com Angélica Hipólito, diretora de jornalismo, com Márcia a editora do programa. A forma que nas vezes que ia na TV era recebido por todo mundo. A convivência com Thaísa Galvão, pasmem, foi a melhor possível. Por mais que a gente discordasse no ar, cada um sabia muito bem o seu papel. 

Mas tudo tem seu tempo, quer dizer forma. Eu nunca fui feliz na TV. Acredito que minhas tentativas (Band, Tropical e Ponta Negra) foram muito mais por vaidade pessoal, mas tem coisas que não casam. Questão de linguagem, postura, eu não me sinto à vontade. Sou do rádio, da net, sou um contador de histórias, um perfil completamente diferente de um canal aberto.

Em vez de ser um prazer, era um fardo, interferia no meu estômago, na minha pressão. Ser feliz é uma prioridade para o resto de tempo que tenho. Isso eu encontro no rádio e na net. 

A TV Ponta Negra toda a minha deferência, só tenho a agradecer, é uma empresa abraçada com o sucesso porque tem no DNA a força de comunicação de Carlos Alberto. A Micarla, tem algo muito especial, ganhei uma amiga para o resto da vida. Só convivendo com ela para saber o quanto é uma pessoa de visão jornalística, de comunicação, é uma verdadeira máquina ligada a 220w. 

Sigo na 96 FM, na 93 FM (apareço na Nossa TV, mas lá eu faço rádio).