Rosas di Maria 2
politica

Veja o que muda com fim da emergência sanitária anunciado pelo ministro da Saúde

Depois da pressão feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e por apoiadores, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, em pronunciamento na noite de domingo (17/4), o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), instituída em fevereiro de 2020.

A decisão de extinguir a Espin muda a maneira como as autoridades de saúde lidam com o vírus. Quase 200 regras estabelecidas pelo Ministério da Saúde tomam como base a Espin – como o financiamento de programas emergenciais, o controle de entrada e saída de viajantes do país, a quarentena e o lockdown, entre tantas outras.

Assinado à época pelo ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, o decreto que estabeleceu a Espin seguiu o cenário determinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esta entidade fixou a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional em 30 de janeiro de 2020.

A Espin abriu espaço para compras de insumos médicos sem licitação, restringiu a exportação de materiais necessários para o mercado nacional durante a pandemia e autorizou o uso da telemedicina, entre outros pontos. Muitos contratos firmados pela União ou por entes federativos atrelaram a continuidade de medidas emergenciais à vigência da emergência sanitária.

Foi o caso, por exemplo, das aprovações emergenciais de vacinas contra a Covid-19 feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente, apenas a Coronavac ainda conta com o registro emergencial.

Na quinta-feira (14/4), o ministério enviou ofício à Anvisa em que solicita a prorrogação por um ano das autorizações, na modalidade emergencial, relacionadas ao enfrentamento da Covid.

Com números mais baixos de casos e óbitos, o governo anunciou flexibilizações, como a dispensa da exigência do teste RT-PCR pré-embarque para turistas vacinados e quarentena para não vacinados, uma vez que este público precisa apresentar teste negativo.

O Ministério do Trabalho também anunciou a derrubada da obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados de trabalho. Segundo a portaria interministerial, se houver alerta de aumento de casos de Covid-19 localmente, a medida deve ser “reavaliada e o equipamento, fornecido para todos os trabalhadores”.

Apesar do afrouxamento, o documento ainda aconselha distanciamento mínimo de 1 metro entre funcionários e público no ambiente de trabalho; prazo de afastamento de 10 dias para funcionários com Covid; e teletrabalho para integrantes de grupos de risco.

Saída gradual
O Brasil assiste aos índices de óbitos e contaminação baixarem. Porém, é necessário cautela para fazer uma transição que não suspenda normativas ainda essenciais. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) pretende iniciar, nesta semana, um diálogo direto com o ministério, para a construção de uma estratégia conjunta nos próximos 90 dias.

Apenas no Ministério da Saúde, 168 determinações estão relacionadas à Espin. A proposta do Conass consiste em reavaliar o cenário epidemiológico depois de 75 dias para bater o martelo sobre a flexibilização.

O governo Bolsonaro pode decretar o “fim da pandemia”?
Desde que o presidente anunciou as mudanças discutidas na Saúde, apoiadores do governo federal passaram a pressionar Queiroga nas redes sociais pelo “fim da pandemia” ou pela “mudança para endemia”. A alteração, porém, não depende apenas da determinação do ministro.

Só a OMS pode decidir, de fato, pelo fim da pandemia, uma vez que a emergência sanitária afeta todo o mundo.

Na última segunda-feira (11/4), membros do Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional da OMS, responsável por avaliar o cenário pandêmico, concluíram que ainda não é o momento de rebaixar a classificação da Covid-19. A decisão foi anunciada na quarta (13/4).

Embora o cenário seja otimista, autoridades do colegiado entenderam que a Covid-19 ainda afeta negativamente a saúde das populações em todo o mundo e há um risco contínuo de disseminação internacional. Por isso, existe a necessidade de uma resposta coordenada entre os países.

Metrópoles

Gostou desta notícia?
Participe do nosso grupo no WhatsApp e fique por dentro de todas as novidades!
Banner-Gemini-400px-x-400px.png Banner_Blazer_Evs_400x400px.jpg cuidare_certo_mobile-01_1.gif oorathoria_mobile-1_1.gif OUTDOOR_INSTITUCIONAL_HUMANA_NORDESTE_400X400.png 96 - FM - depois do post

0 comentários para "Veja o que muda com fim da emergência sanitária anunciado pelo ministro da Saúde"

Deixe uma resposta para essa notícia

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

/1000.


Posts relacionados

Anuncie com a gente Documento com valores para anúncio

Mais lidas

  1. 1

    Que tristeza: jovem assassinada em latrocínio na Grande Natal

  2. 2

    [VIDEO] Desabafo, ao vivo, que viralizou na TV Tropical: "Continuem fazendo o L"

  3. 3

    Ana Castela chora no palco e desabafa: “Não estou mais aguentando”

  4. 4

    [VIDEO] Amor venceu: Eleição no PT é interrompida por causa de briga

  5. 5

    Morto no Porsche: quem era o empresário assassinado dentro de carro em Guarulhos

banner-facex-mobile.png