O jornalista Cassiano Arruda publicou hoje no blog Território Livre um texto intitulado “Idas e vindas do rico RN tentando virar o novo rico”, analisando os diversos setores da economia pelos quais o RN poderia ter sido redimido da pobreza social e econômica.
Zero chance. Não creio nessas promessas.
Desde o governo Cortez Pereira tivemos dezenas de projetos “redentores” - até o Aeroporto Internacional Aluizio Alves (pode chamar de Aeroporto de Natal, de Sao Gonçalo ou do RN) foi considerado um deles (o hub que nunca vingou) - e nada!
Sal, Camarão, Côco, Petróleo, Castanha de Cajú, Turismo, Agua Mineral, Frutificultura irrigada, Minérios (Chelita, Ouro, Tungstênio), Eólicas… e nada!
A boa memória lembra das famosas, exóticas e misteriosas areias monazíticas, que existiriam nas praias do RN e que seriam exploradas e usadas na produção de Urânio para as Usinas Nucleares (o Ceará chegou a ter uma unidade de extração), apenas um sonho louco dos militares do “Brasil Grande”.
Tínhamos condições de ter um polo petroquímico com o de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia… e não passamos da Refinaria Clara Camarão.
Nosso polo turístico se resume a Natal e Pipa, apesar de centenas de quilômetros de belas praias.
Por aqui, aerogeradores eólicos nas praias e serras se transformaram em atração turística na falta de coisa melhor.
Não. Não creio mais na “redenção” do RN pelas promessas. É preciso ação consistente. Políticas públicas viáveis.
Claro que não desconheço que em determinadas épocas cada um desses projetos rendeu verbas públicas, empregos, renda… mas nunca nos redimiram.
É uma questão de continuidade, persistência e visão. O Ceará é um bom exemplo.
Não temos empresários com visão de longo prazo. A Fiern é um exemplo de anti-empreendedorismo. E já houve esperanças de inovação com o antigo CTGás. Não mais.
É uma tristeza medonha viver em um rico estado pobre.