Em janeiro Ezequiel Ferreira era uma liderança estadual, seria reconduzido à presidência da Assembleia Legislativa e o deputado estadual mais votado do estado. Em fevereiro, Ezequiel, mesmo sem falar, passou a ser pré-candidato ao governo do estado, com chances reais de unir a oposição e derrotar Fátima. Em março, Ezequiel chamou políticos, mandou fazer pesquisas, engrossou o pescoço, deixou o estado cheio de esperança. Em abril, Ezequiel engatou uma ré, virou a viúva Porcina, foi sem nunca ter sido candidato. Maio foi o inferno astral de Ezequiel, nem a oposição e nem o governo passaram a acreditar na palavra do deputado. Em junho, Ezequiel se voltou para suas bases, reconstruiu seu capital eleitoral, acalmou os ânimos dos dois lados.
Um pau mandado dele disse que só Ezequiel fala por Ezequiel. Em público, Ezequiel não falou, mas mergullhou no diálogo com seus aliados, cicatrizou as feridas, surge como grande favorito para ficar entre os cinco mais votados para deputado estadual. Como é bom nas bases, não duvido, Ezequiel ainda vai costurar para continuar mais 2 anos na presidência da Assembleia Legislativa.
De ungido a desacreditado, Ezequiel volta a ter força, principalmente com a votação nas urnas.
Em tempo, Ezequiel deve apoiar a governadora Fátima Bezerra, de quem sempre foi aliado. É o normal, o estranho foi quando ele foi ser candidato sem ser candidato.