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“Que fique preso”, diz mulher sedada por médico acusado de estupro

Uma segunda possível vítima do anestesista Giovani Quintella, de 31 anos, flagrado estuprando uma grávida no centro cirúrgico, diz que também pode ter sido abusada pelo médico.

“Me lembro de ter tido meu filho, ele injetou algo no meu acesso e depois eu apaguei. Não é normal a pessoa apagar e não lembrar de nada” disse a vítima ao Metrópoles. A mulher destacou que o marido precisou ficar do lado de fora do centro cirúrgico.

Giovanni foi preso em flagrante na madrugada de segunda-feira (11/7) após a equipe de enfermagem do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, Baixada Fluminense do Rio, registrar a cena do crime.

A mulher fez um apelo para que quem tenha sofrido algum abuso nas mãos do anestesista vá até a delegacia denunciar.

“Espero que ele fique preso por muito tempo e quem for vítima dele, que apareça, que denuncie, para que ele não saia da cadeia. A gente acha que está segura, protegida, e a pessoa se aproveita de um momento desses”, finalizou.

No vídeo, que dura cerca de 10 minutos, o homem coloca o pênis na boca de uma paciente sedada, que estava sendo submetida a uma cesárea.

O crime acontece ao lado de outros médicos e equipe de enfermagem, que em momento algum percebem o crime.

Após a repercussão do caso, a jovem de 23 anos, que deu à luz a gêmeos no início de julho, lembrou do anestesista e de atitudes suspeitas cometidas por ele.

“Só lembro de ter acordado no dia seguinte e toda suja de uma coisa branca, segundo minha família”, disse a jovem, destacando que estava suja no rosto, no pescoço e na orelha.

A vítima conta que queria ficar acordada para ver os gêmeos nascerem, mas não conseguiu, porque estava completamente sedada. O segundo bebê da jovem acabou morrendo após o parto.

“No dia mais especial da minha vida, não consegui ficar acordada, ver, pegar meu bebê no colo. Não consegui nem olhar para ele direito”, lamenta.

Segundo ela, Giovanni tentava acalmá-la o tempo inteiro, fazendo com que ela dormisse. A mulher acredita que a morte do filho e o fato do outro estar internado, podem ter relação com o excesso de anestesia.

“Estou indignada. Antes achava que era até normal, mas quando vi o rosto dele novamente, comecei a ligar uma coisa na outra. A sedação, o rosto sujo. Todo mundo fica acordada na hora do parto e eu estava lá, sedada”, afirma a jovem, emocionada.

Metrópoles

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