Os policiais militares não vão deixar o bairro de Felipe Camarão, após três PMs assassinados em 45 dias. Pelo contrário: vão para cima da bandidagem e prometem caçar esses criminosos. Pelo menos, foi isso que afirmou o presidente da Associação dos Cabos e Soldados, Carlos Cortez, em entrevista ao Metendo a Colher - veja o link acima:
Segundo o policial, essas notas divulgadas pelo Comando da PM e pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesed), apesar de válidas, não mudam a situação de morte de policiais no bairro. "Era para ter feito uma força tarefa desde o primeiro caso", citou Carlos Cortez.
O primeiro caso citado por ele foi em 19 de maio, quando o segundo sargento da Polícia Militar, Ionaldo Soares da Silva, de 57 anos, foi assassinado em maio, por volta das 16h. Na época, comentou-se que mais de 10 homens participaram do crime. No dia 11 de junho, o 2º Sargento Silva Filho, do 11º Batalhão de Polícia Militar que estava a paisana foi morto em uma área próxima a sua residência, às 18h.
Nesta sexta-feira (30), a vítima foi o 3° sargento João Victor Serafim. Ele foi assassinado no que pode ser chamado como "cheiro do queijo": foi a uma residência do bairro, quando chegou lá, a casa tinha sido ocupada por bandidos que atiraram várias vezes contra ele. "Contei, pelo menos, 20 perfurações por arma de fogo", afirmou Carlos Cortez.
Os proprietários da casa, um casal, será investigado, mas não teria participação na ocupação. Teriam sido mais uma vítima da facção criminosa que, além de matar o PM, também ocupou a casa a força. Sargento Victor não tinha envolvimento com o crime e não há, até o momento, motivação para o assassinato que não seja o simples fato de ser policial.
NOTA DE PESAR
A Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED), diante da ocorrência envolvendo a morte do 3° Sargento da Polícia Militar João Victor Serafim Ramos, no bairro de Felipe Camarão, na Zona Oeste de Natal, vem a público afirmar que todas as forças de segurança que atuam no Estado estão empenhadas em identificar, localizar e entregar ao Poder Judiciário os envolvidos no ato criminoso em questão.
Para não comprometer o trabalho investigativo já iniciado pela Polícia Civil, não é possível, neste momento, dar detalhes sobre autoria e/ou motivação.
Resta saber, contudo, que o Estado não tolera e jamais será complacente com qualquer ato criminoso, seja qual for ou contra quem quer se seja. A SESED se solidariza aos amigos e familiares do policial militar neste momento de luto.
