Conversei com André Motta, proprietário da Mottas Cerimonial, empresa responsável por realizar a festa de formatura da turma de medicina da UNP.
Ele explicou uma série de situações que passou, desde a pandemia até o momento. A empresa tinha contratos com várias festas, mas a quantidade de alunos que conseguiam colar grau foi diminuindo, algumas festas canceladas, isso causou um abalo no capital de giro. Outro fator, o sócio dele faleceu, o dinheiro da empresa ficou bloqueado com o inventário, segundo André são R$ 200 mil nessa situação.
Em setembro do ano passado, André avisou a comissão de formatura que estava com problema de caixa, mas iria resolver. O situação foi ficando mais grave, com mais de R$ 500 mil de recebíveis não conseguiu fazer nenhuma operação de crédito para antecipar o dinheiro. Vendeu 5 carros, 2 terrenos, 1 apartamento e colocou tudo dentro da empresa, mesmo assim o caixa não fechava.
Tenho vários amigos em comum com André (não conheço ele), todos me deram boas informações (apesar que isso não paga conta e não realiza o evento). André espera que hoje consiga R$ 280 mil que faltam para a realização da festa. Explicou que tem uma operação de crédito em João Pessoa para ser liberada.
Perguntei do episódio de ontem que chegou num carro da polícia na delegacia, se tinha algum mandado de prisão. Ele disse que não, que estava em uma reunião com a comissão de formatura, chegou um advogado parente de um formando e deu voz de prisão chamando a polícia. Disse que queria ir no carro dele para a delegacia, mas foi obrigado a ir na viatura da polícia. Isso depois tem que ser apurado.
É isso, uma história triste. Decepcionante para os alunos, país e amigos. Lamentável porque é uma empresa com mais de 20 anos de mercado e foi pega na pandemia.
André prometeu fazer a festa, porém entendo que só realizará se tiver o dinheiro. Não é uma missão fácil.