O ex-prefeito de Macau, Flávio Veras, enfrenta mais uma denúncia envolvendo questões eleitorais. Segundo informações apresentadas pelo MDB à Justiça Eleitoral, Veras teria divulgado uma pesquisa eleitoral sem registro prévio no Sistema De Registro de Pesquisas Eleitorais (PesqEle), como determina a legislação.
A denúncia, protocolada junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte, alega que o ex-prefeito teria utilizado um grupo de WhatsApp para compartilhar os resultados de uma pesquisa interna realizada no dia 15 de abril deste ano. A pesquisa indicaria a liderança de Veras nas eleições municipais previstas para ocorrer ainda este ano.
De acordo com a legislação vigente desde janeiro deste ano, todas as entidades e empresas que conduzirem pesquisas de opinião pública relacionadas às eleições devem registrar seus estudos no PesqEle com antecedência mínima de cinco dias antes da divulgação pública. A não observância dessa norma constitui crime, passível de detenção e multa.
Esta não é a primeira vez que o ex-prefeito Flávio Veras se vê envolvido em questões judiciais. Anteriormente, Veras foi acusado de uso de documento falso em um processo relacionado a desvios de recursos públicos na contratação de bandas para eventos em Macau.
Em 2015, Flávio Veras foi detido durante uma operação do Ministério Público Estadual, denominada 'Maresia', que investigava crimes contra o patrimônio público em Macau. O MP apontou um desvio de R$ 2,5 milhões dos cofres municipais, envolvendo contratos de serviços de limpeza urbana e obras públicas de construção civil.
Diante das acusações apresentadas pelo MDB, o ex-prefeito Flávio Veras agora aguarda os desdobramentos judiciais relacionados à denúncia de divulgação irregular de pesquisa eleitoral.
