Já se passaram 45 dias desde a abertura do inquérito sobre denúncias de assédio e importunação sexual contra Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos do governo Lula (PT), mas não há sinal de conclusão dos trabalhos.
O ministro André Mendonça, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), não tem pressa. Acha importante que a PF utilize do tempo que for necessário. No Congresso circula que depoimentos de testemunhas à Polícia Federal revelaram outras vitimas de assédio.
Movimentos em defesa da mulher e políticos de oposição temem que o governo Lula aja novamente para passar pano no ex-ministro.
O governo e o próprio Lula são acusados de não agirem contra Silvio Almeida, apesar de saberem de tudo desde 2023.
A legislação estabelece trinta dias para a conclusão de inquéritos, mas o delegado pode solicitar a ampliação do prazo, e Mendonça concederá.
A ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) contou à PF que o assédio de Silvio Almeida começou antes da posse, já indicados ministros.