Ao que parece, o novo ministro da Previdência, Wolney Queiroz, estão tão enrolado no esquema do INSS quanto o antigo, Carlos Lupi, que se demitiu na sexta-feira (2). Tanto é que o líder do PL, na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento do novo ministro.
Wolney era secretário-executivo do Ministério da Previdência quando o esquema que desviou bilhões do INSS acontecia. Por isso, assim como Lupi, estão sendo acusado de omissão, violação aos princípios da administração pública e inidoneidade moral superveniente.
No documento, o líder do PL na Câmara alega que Wolney Queiroz adotou “conduta omissiva dolosa, consubstanciada na inércia” diante do esquema bilionário de fraudes no o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A operação resultou na saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência e, consequente, na nomeação de Queiroz para o cargo.
“O então Secretário-Executivo do Ministério da Previdência Social, Sr. Wolney Queiroz, participou ativamente de reuniões no ano de 2023 nas quais foram apresentados relatórios técnicos detalhados e alertas inequívocos sobre a existência de um esquema fraudulento de proporções bilionárias no âmbito do INSS”, diz o requerimento.
O requerimento alega que a conduta de Wolney Queiroz pode configurar:
Prevaricação, ao retardar ou omitir ato de ofício, contrariando dever funcional;
Improbidade administrativa por violação dos princípios da legalidade, moralidade e eficiência;
Desvio de finalidade e afronta à moralidade administrativa, ao ser nomeado para liderar uma pasta sobre a qual já demonstrou omissão grave, ferindo o interesse público e a ética administrativa.