Por Leopoldo Teles Torelli
Janja é a materialização da contradição: grita 'igualdade' vestida de Chanel, se diz do povo desfilando com Dior, e prega simplicidade enquanto carrega Louboutin nos pés.
É uma militante de boutique — daquelas que falam em empoderamento em jantares de mil dólares. Não bastasse o conteúdo raso, a forma é ainda pior.
Falta-lhe elegância, falta postura, falta compostura.
E falta, sobretudo, noção. Janja não tem sequer o básico de etiqueta — e nem finge ter.
Não domina o silêncio, não compreende o lugar que ocupa e tampouco sabe que menos é mais.
Espalhafatosa, inconveniente, deslumbrada.
Confunde protagonismo com interrupção, achando que o microfone é seu por direito divino.
Transformou o papel de primeira-dama numa passarela de egocentrismo.
Onde deveria haver sensatez, há vaidade.
Onde se esperava empatia, há exibicionismo.
Onde o Brasil precisava de discrição, ela oferece espetáculo.
É um show de futilidade embalada em clichês progressistas.
Uma performance pobre sustentada por grifes caras.
E enquanto posa ao lado da esposa do ditador chinês como se estivesse num editorial de moda, o Brasil sangra.
Mulheres são assassinadas, mães vivem em filas do SUS, crianças não têm escola digna.
Mas ela está ocupada demais escolhendo o próximo look de 'combate à desigualdade'.
Janja não representa o povo.
Representa uma elite ensimesmada, embriagada pelo próprio reflexo, que acredita que lacrar em vídeo e discursar sobre 'esperança' resolve a realidade de um país em colapso.
É estética sem ética.
Vaidade sem inteligência.
Uma mulher que tem tudo — menos classe."