A polêmica em torno da compra de respiradores de Consórcio Nordeste teve um novo episódio hoje, com a públicação, no Diário Oficial, de um novo inquérito do Ministério Público Federal com objetivo de apurar irregularidades apontadas na compra dos 300 respiradores a empresa HempCare Pharma.
Desta vez, a Procuradoria da República de São Paulo decidiu investigar a "suposta vantagem indevida que teria sido recebida por agentes públicos do município de Araraquara, em São Paulo".
Foi nesse município paulista que a Polícia Civil da Bahia cumpriu mandados de busca e apreensão na IESA, onde fica a fábrica da Biogeoenergy. A empresa havia sido contratada pela Hempcare para confeccionar parte dos respiradores contratados pelo Consórcio - e que jamais foram entregues aos governos do Nordeste, dentre eles, o do Rio Grande do Norte.
Em junho, quando a Operação Ragnarok foi deflagrada, a diretoria da empresa anunciou que estava iniciando a produção de 4 mil respiradores, contudo, nenhum dos equipamentos foi encontrado na sede da empresa na cidade paulista.
De acordo com a Procuradoria da República de São Paulo, o novo inquérito tem por objetivo “apurar a conduta de agente(s) público(s) que teria(m) consentido em receber suposta vantagem indevida exigida pelo Consórcio Nordeste em face da empresa Hempcare”. O caso será conduzido pelo procurador Rudson Coutinho da Silva.