Condenado a mais de 236 anos de prisão por envolvimento com o tráfico internacional de drogas e com uma facção criminosa paulista investigado na operação Cardume, o empresário potiguar George Gustavo da Silva foi colocado em liberdade por uma falha do sistema de Justiça do Ceará.
Ele estava detido na Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Jucá Neto (CPPL 3), em Itaitinga, na quarta-feira (7), mesmo tendo outro mandado de prisão em vigor expedido contra ele.
O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), em nota, lembrou que o apenado foi beneficiado com uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) e informou que a 1ª Vara de Execução Penal de Fortaleza permitiu a progressão para o regime aberto.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), responsável pela custódia do preso, confirmou a soltura por decisão da 1ª Vara de Execuções Penais de Fortaleza.
Operação Cardume
Conforme a Operação Cardume, deflagrada pela Polícia Federal em 2015, George Gustavo era um dos líderes da maior quadrilha de tráfico internacional de drogas descoberta no Ceará, junto do também empresário Cícero de Brito.
Ele foi sentenciado a uma das maiores penas: 236 anos, 8 meses e 19 dias de prisão. A quadrilha - que reunia membros de uma facção criminosa paulista e empresários do Ceará e do Rio Grande do Norte - trazia a droga dos países Bolívia e Paraguai, passava pelo Ceará e exportava o ilícito em garrafas de cachaça, para a Itália e Portugal, na Europa.
*Com informações do Diário do Nordeste