Globo: Sob risco de perder Copa do Mundo, emissora encara a pior crise da história

29/06/2020 às 14:19


A inédita decisão da Globo de ir à Justiça do Brasil e da Suíça para rever um contrato de US$ 600 milhões com a Fifa acendeu um alerta vermelho no mercado. Para não ter que pagar uma parcela de US$ 90 milhões (cerca de R$ 460 milhões), que vence nesta terça (30), a Globo colocou em risco o direito de transmitir a Copa do Mundo de 2022, ameaçando uma tradição de 50 anos para os telespectadores brasileiros, desde a Copa de 1970. Para analistas, a emissora está sinalizando que terá dificuldades para honrar pagamentos. A Globo já sobreviveu a uma grave crise, no início dos anos 2000, que lhe custou investimentos bilionários na antiga Globo Cabo e o controle da Net (hoje Claro). O que preocupa fontes ouvidas pelo Notícias da TV é que a atual crise, no início dos anos 2000, que lhe custou investimentos bilionários na antiga Globo Cabo e o controle da Net (hoje Claro). O que preocupa fontes ouvidas pelo Notícias da TV é que a atual crise se apresenta mais complexa, pois mistura a recessão econômica causada pela Covid-19 e a incerteza quanto à duração da pandemia com fatores permanentes, como mudança tecnológica e o aumento da concorrência (principalmente com o streaming), além da queda acentuada nas receitas com assinaturas de seus canais pagos. Segundo balanço contábil, a Globo fechou 2019 com um caixa de R$ 10,5 bilhões, o equivalente a 3,3 vezes o seu débito total à época, mas o gesto de não pagar uma conta de US$ 90 milhões junto à poderosa Fifa passa ao mercado a mensagem de que o grupo de mídia está inseguro quanto ao cumprimento de obrigações no futuro. "Mesmo que os executivos da Globo equacionem o problema financeiro no curto prazo, a capacidade de adaptação no longo prazo está comprometida", afirma um experimentado conhecedor do grupo. A Globo rejeita estar com dificuldades de caixa e insegura quanto ao futuro, mas não nega que pandemia acelerou seu processo de transformação digital e de redução de custos, o que inclui a dispensa de talentos como Vera Fischer. A emissora reconhece que está revendo "portfólio, propriedades e direitos". "A negociação com a Fifa se dá exatamente nesse contexto", informou ela em nota.   Notícias da TV

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