O Blog hoje (15) entrevista o advogado Fernando Pinto, candidato do partido Novo a Prefeitura de Natal.
O que pretende fazer em relação a saúde de Natal?
Nós vamos fazer duas coisas. Primeiro, todas as solicitações para procedimentos serão feitos através de plataformas, como é em Minas Gerais. Nos vamos promover UPAs Móveis em alguns pontos, como Guarapes que tem 96% sem saneamento; em Ponta Negra, que tem surtos de dengue. O segundo ponto é que nós vamos privatizar as farmácias, para evitar o desvio de estoques e funcionar melhor dentro dos hospitais. E o terceiro ponto que a gente vai fazer é o controle de saída de estoque. Por fim, toda despesa de entrada dos hospitais será feita por uma plataforma, para que o cidadão possa acompanhar. Procedimentos simples, fáceis. E fazer também parcerias público-privadas para permitir que o cidadão seja atendido em hospitais que tenham capacidade ociosa, assim como já é feito em outros estados.
Quais suas propostas em relação ao plano diretor?
Existe algumas distorções que são as áreas especiais de interesse social, as AEIs, que tem como elemento a expulsão branca. Elas foram regulamentadas de forma que, se você é dono de uma, você não pode construir um prédio, modernizar a cidade, o que formou o êxodo: se o cidadão não podia construir em Mãe Luiza, ele foi para Nova Parnamirim. Mas ao mesmo tempo que não pode construir em Mãe Luiza, em Areia Preta, que é do lado, pode. Então se você alterar isso, espaços em Mãe Luiza poderá passar a valer milhões, e aí você pode movimentar a economia e tudo mais.
Como o senhor enxerga a educação da capital?
A educação da gente está ocupando os últimos lugares do IDEB. Vamos fazer a educação em tempo integral, utilizando a educação a distância. Construiremos escolas referenciadas, que são hubs de start up, com escolas para inovação, funcionando nos mesmos espaços onde estarão a administração pública (devolveremos todos os prédios públicos). E vamos tentar firmar convênios para diminuir o número de escolas e fazer com que elas sejam melhores e referenciadas. Então esse é nosso objetivo. Isso é possível fazer. Outra coisa é utilizar o modelo de Carlos Nadalim, que sai dessa educação antiga, daquele pessoal lá, daqueles padres, e passa a ser focada em resultado. Não é aquela construtivista. E vai ter um treinamento constante para os professores, que são muito mal remunerados e mal assistido com relação a cursos de capacitação.
Como pretende trabalhar o turismo?
O turismo é uma situação mais complexa, mas ao mesmo tempo é simples. A gente pretende na discussão do plano diretor, inclusive incluir na Via Costeira a utilização mista, porque aqueles imóveis tem um problema grave de se renovar, porque têm um custo muito alto e acaba concorrendo com o Airbnb. Então o dono do imóvel vai poder uma parte vender e a outra usar como hotel. Vamos criar também a rota de turismo. A primeira, saindo da Redinha até o extremo sul de ponta negra. E a segunda, que sai da redinha de balsa, e vai na zona Norte, Leste e Oeste e tem o objetivo mais de "rota do patrimônio cultural", onde vai trafegar por todos os pontos para o turista conhecer os pontos históricos. E vamos ressaltar a relação que tivemos com os americanos, criando monumentos, estreitando os laços e ressaltando a historia recente mais bela do Brasil, que é a de Natal com a participação na Segunda Guerra. Isso será trabalho da secretaria de modernização e da secretaria de desenvolvimento e capacitação de recursos.