A Astrazeneca e o governo brasileiro fecharam um acordo permitindo que o governo anunciasse um abastecimento de 100 milhões de doses da futura vacina para o coronavírus, com um custo de US$ 300 milhões.
Apesar da boa notícia, o acordo entre a empresa farmacêutica e o governo brasileiro revela que a Astrazeneca impôs algumas exigências sobre a venda da futura vacina.
Segundo dados que fazem parte do Memorando de Entendimento entre a Fiocruz e a AstraZeneca, assinado em 31 de julho, a produção e comercilização da vacina realizada pela Fiocruz pode atender apenas o mercado doméstico brasileiro, sem qualquer possibilidade de exportaçao do produto.
No texto também é exposto que, somente quando a pandemia terminar é que "as partes avaliarão a possibilidade da extensão do território". Ou seja, uma futura exportação. No entanto, o prazo de quando a pandemia acabar será ditado pela própria Astrazeneca.
Além disso, toda a propriedade intelectual da vacina permanece nas mãos da empresa, que um acordo ainda estabeleceria um pagamento de royalties e que o acordo é confidencial.
Pelo acordo com a empresa britânica, fica ainda estabelecido que, se a vacina não der resultados, não haverá um reembolso. Conforme o acordo, pagamentos "não são reembolsáveis na hipótese de resultados negativo na pesquisa clinica".