O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento do deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), denunciado pelo crime de peculato (desvio de dinheiro público) em razão de suposta prática de "rachadinha". A defesa de Câmara nega a acusação.
No julgamento, em plenário virtual (no qual os votos são inseridos em sistema eletrônico), dois ministros votaram pela condenação de Câmara: Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. O ministro Nunes Marques, porém, pediu que o caso deixasse o plenário virtual e, com isso, o STF adiou a decisão.
Agora, o julgamento passará a ser em uma sessão do STF, por videoconferência (modelo adotado em razão da pandemia).
Coordenador da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso, Silas Câmara foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por supostamente ter exigido que 17 funcionários de seu gabinete dessem a ele parte dos salários entre 2000 e 2001. A prática é conhecida como "rachadinha". De acordo com a investigação, o deputado teria recebido mais de R$ 248 mil.
No processo, a defesa de Silas Câmara afirmou que as acusações tiveram origem em relatos de desafetos políticos do deputado; que as testemunhas da PGR retiraram as acusações; e que não há provas.
Fonte: G1.