Diário de um confinado - 1° dia
A sensação de privação de liberdade é muito ruim, somada a angústia do filho adoentado e de pegar a doença. A geladeira está cheia de baganas, tenho orgulho de não ter fogão em casa, dei há 5 meses para a secretária, gosto mesmo de comer na rua. Acordei às 5h, rotina normal, gravei um vídeo para a TV, atualizar os blog, responder mensagens. Ricardo começou a discutir com uns colegas o caso de um doidinho que se recusa até a tomar banho (estágio de psiquiatria), isso durou das 10h até às 13h30, eu já estava agoniado. Almoço, lanches, mais trabalho.
Levantei da cama as 5h e só voltei agora (21h20). Eu na varanda e Ricardo na sala. Das 15 às 17h ele discutiu com uma turma filosofia e sociologia, fala alto, até da escola de Frankfurt falaram, o assunto foi mais torturante que o prisão domiciliar. Foram seis horas de conversa pelo celular.
Experiência nova, participei do Jornal das Seis pelo Skype, deu certo. Depois fiz uma live pelo Instagram,
Tive muita fome, tomei 3 litros de refrigerante, impaciente, irritado, mas tenho noção que a caminhada está só começando.