Por General Araújo Lima:
Aos poucos vamos definindo muito bem o perfilmarxista-leninista desse Governo do RN. Salvo outro juízo, e o Ministério Público descobrirá, vemos se configurando dentro do aparato de Segurança Pública do Estado, um seguimento que goza de privilégios e recebe, diretamente do Führer, as ordens e diretrizes do que deve e o que não deve fazer com os rebeldes, aqueles que se recusam a aceitar de forma ordeira o toque de recolher.
Mais uma vez eu repito, não se trata de Força Policial, se trata de confiança, um dos mais importantes aspectos para o exercício da liderança. Vejam que aqueles que foram às ruas não precisaram de nenhum Kaiser para obriga-los a sair de casa, mesmo com o risco de adquirir o Coronavírusno primeiro corrimão de escada do seu condomínio, na maçaneta da porta de entrada do carro, ou numa conversa com alguém, lá estavam eles, pronunciando palavras de ordem de dentro de seus automóveis, de forma ordeira e responsável e mostrando a todos os riscos que corremos se mantivermos um Poder Legislativo totalmente aparelhado e em perfeita sintonia com o igual Judiciário e que hoje, otensivamente se articulam para derrubar o Presidente. Foram às ruas porque não acreditam que se protegendo do Coronavírus, ficando confinados, terão seus direitos constitucionais, trabalhistas e financeiros preservados.
O establishment potiguar deve estar perguntando, porque somente críticas? Criticar é muito fácil!. Pois bem, existe solução sim, e ela passa pelo mesmo aspecto anteriormente citado, a confiança. Não sei se alguma medida tomada por esse Governo Estadual proporcionaria o sentimento de segurança a algum grupo, pois o que se tem observado, além de uma sensação de insegurança no que diz e faz, é o oportunismo, tentando tirar proveito da situação “pandêmica”, seja para buscar recursos para pagamento de suas dívidas, seja para a construção dos seusprojetos de campanha para 2020.
Os empresários que encabeçavam aquela carreata do dia 19 de abril, um domingo ensolarado, em que se vislumbrava ao longe o Morro do Careca que parecia chama-los para um delicioso banho de mar, são aqueles que querem ver seus funcionários de volta ao trabalho para não ter que despedi-los e dessa forma verem suas empresas quebrando, aguardam um rumo, uma sinalização, e serão os primeiros a se mobilizarem na busca de uma alternativa que lhes garanta o retorno de seu principal e mais importante fator de produção, os homens e mulheres que compõem a sua equipe.
E porque não dar a esses empresários, de forma seletiva,o seu passaporte para o retorno às atividades pelos seusfuncionários? Ao invés de estimular mecanismos opressores denominados de policiais antifascistas, às empresas a oportunidade ou a motivação para adquirirem e aplicarem em suas empresas, de forma profissional e responsável, os testes para a COVID 19, atribuindo-lhes uma espécie de ISO do Coronavírus. Isso mesmo, a eles seria atribuída uma classificação, que os permitiria transportar seus funcionários e mantê-los trabalhando, livres de contaminação e sem descurar de todas as medidas de segurança e higiene que já vêm sendo tomadas no dia a dia, lhes garantindo inclusive o apoio do Estado nesse acompanhamento.
Dessa forma, além de desonerar o Estado, uma vez quegrande parte dos trabalhadores pertence à iniciativa privada, restará ao Governo cuidar dos seus funcionáriospúblicos e aqueles que estão na informalidade, reduzindo sobremaneira a sua área de responsabilidade, cabendo-lhe uma maior fiscalização desse novo mecanismo de controle.
De que adianta a criação por parte de nossos cérebros mais privilegiados de plataformas sofisticadíssimas de controle dos leitos, do número de mortos, do número de casos suspeitos, dos quase doentes, dos circulantes e dos confinados, escondendo o número de recuperados, se os executivos da área de saúde demonstram que não sabem o que fazer com os dados? Neste caso caberia uma plataforma sim, para controlar as empresas que estão cuidando de seus funcionários e como elas estão se comportando na busca da preservação da saúde deles.
Gradativamente, esse movimento dos empresários tomaria conta da população e caminharia na mesma direção que o Governo Federal, somando esforços no sentido de preservar a saúde da população além de garantir que a outra crise, a financeira e trabalhista, bem mais impactante, seja também equilibrada.
Tragam para a mesa de negociação os empresários, garantindo-lhes a oportunidade de voltar à atividade, mas de forma compartilhada, responsável e legítima, dividindo com eles a responsabilidade pela saúde de seus funcionários. Dessa forma teremos a certeza de que mesmo havendo uma redução da atual margem de lucros, evitaria a quebradeira e o aumento do número de desempregados e seus reflexos. Premiem aqueles que apresentarem o maior número de funcionários livres do vírus, com isenções e com bonificações específicas.
A aquisição em massa desses testes pelas empresas, de forma coordenada, além de reduzir custos, serviria de aquecimento para os empresários do ramo de fármacos.Além de retirar das mãos do Governo do Estado parte daresponsabilidade de cuidar daquilo que já não conseguia cuidar nem no período anterior ao COVID 19.
E A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR, QUANTO E QUEM GANHA COM ISSO?TODOS, MENOS O VÍRUS
