Não tem nada mais chato que escutar um telefonema coletivo. Você entrar em um elevador e alguém atender o telefone e você "ficar" escutando a conversa. Em um restaurante uma ligação que todas as mesas ter a obrigação de saber do assunto falado, pode ser uma briga de família, uma cobrança, um problema amoroso ou é algo comercial que ninguém entende direito.
O WhatsApp melhorou muito isso, aprendermos a conversar de forma escrita, mas tem ainda os que insistem em coletivizar as conversas. Pior que as conversas é ter que escutar áudios e vídeos. Tá um silêncio na padaria e chega um áudio para seu vizinho de mesa. Ele tem que escutar no volume máximo, é uma corrente, você já escutou há três semanas, ele achando o máximo bolando de rir ao seu lado.
Bom mesmo, é na sala de espera do consultório médico, entra aquela gata, com a bolsa da Louis Vitton comprada na 25 de março, você olha, ela ignora e pega o celular com uma capinha rosa, cruza as pernas, você quase infarta e ela começa a olhar o celular. Aí vem o gemidão do WhatsApp. Todo mundo olha, a moça fica vermelha. O silêncio impera. Só tem uma forma de quebrar o gelo, uma gargalhada desproporcional.