Um grupo de 37 associações da sociedade civil divulgou nota pública defendendo o “imediato afastamento” do Arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira, alvo de investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado por suposto abuso sexual contra seminaristas. O caso veio à tona quando o arcebispo fez um pronunciamento, no início de dezembro, para se defender do que chamou de “acusações de imoralidade”. Detalhes das apurações foram reveladas em reportagem do jornal El País.
O manifesto subscrito por entidades como o núcleo paraense da Associação Brasileira dos Juristas pela Democracia, publicado no último dia 24, manifesta apoio às investigações e requer que “seja observado o direito à ampla defesa e ao contraditório do Sr. Arcebispo, mas também que sejam garantidos os direitos das vítimas ao devido processo legal e acesso à justiça, sem interferências indevidas”.
O grupo diz que afastamento “visa garantir a eficiência e a efetividade das investigações e frisa que “as instituições públicas envolvidas devem propiciar ambiente seguro, sem risco de retaliações para colher eventuais depoimentos e denúncias de outras vítimas”
“As instituições subscritoras confiam nas autoridades eclesiásticas e no sistema de justiça para esclarecer os fatos e preservar os direitos e a integridade de investigados e de vítimas dos crimes citados e que venham a ser comprovados”.
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