No domingo (3/1), Geraldo Barbosa, presidente da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), afirmou que a entidade está tentando adquirir 5 milhões de doses da vacina Covaxin, feita na Índia. A ideia é que o imunizante seja comercializado por clínicas particulares.
Pouco conhecida dos brasileiros, a vacina indiana já foi aprovada para uso emergencial em seu país de origem, mas está cercada por polêmicas. Especialistas apontam que ainda não há qualquer dado de eficácia publicado e criticam a falta de transparência do processo.
O imunizante indiano está entre os cogitados para o programa de vacinação do governo brasileiro, que afirma já ter assinado memorando de entendimento com a Bharat Biotech, responsável pela fórmula. A farmacêutica, no entanto, ainda não teria respondido sobre a quantidade de doses disponíveis ou definido uma data para a entrega.
A Covaxin funciona com um vetor inativado, ou seja, usa o próprio coronavírus manipulado em laboratório para que ele não consiga se reproduzir dentro do organismo. Uma vez que o corpo reconhece o invasor, cria uma defesa específica e, caso o paciente seja exposto novamente ao patógeno, seu organismo já saberá como agir.
A farmacêutica Bharat Biotech começou os testes de fase 1 e 2 em julho de 2020 e espera concluir a fase 3 ainda em janeiro. O imunizante está na terceira fase de estudos clínicos na Índia, com 26 mil participantes, mas não está sendo testado no Brasil.
Fonte: Metrópoles.