Em meio ao momento mais duro da pandemia de covid-19 desde seu início, há um ano, 12 governos estaduais e o DF impuseram novas medidas de restrição ou reforçaram as que já vinham sendo aplicadas, diante de temores de colapso nos sistemas de saúde, apesar de críticas abertas do presidente Jair Bolsonaro ao fechamento de atividades.
Bolsonaro voltou a insistir nesta sexta-feira (26) nas críticas a prefeitos e governadores que impõem restrições às atividades para tentar conter a propagação do coronavírus.
Durante um evento no Ceará, disse que "esses que fecham tudo e destroem empregos estão na contramão do que o povo quer". Mais tarde, acrescentou que os governadores que impõem medidas restritivas é que deveriam bancar o auxílio emergencial em seus Estados. "Não pode continuar fazendo política e jogando no colo do presidente da República essa responsabilidade", disse ele.
As declarações de Bolsonaro ocorrem no pior momento da pandemia no país. Um ano depois de registrar seu primeiro caso da doença, o Brasil é o segundo com maior número de mortes por covid-19 no mundo, com 252.835 óbitos, atrás somente dos Estados Unidos. Soma também 10.455.630 casos de coronavírus, número inferior apenas aos de EUA e Índia.
Segundo a Fiocruz, os leitos de UTI no país atingiram nesta semana o maior nível de ocupação desde o início da pandemia, como resultado das altas taxas de transmissão. Neste cenário, os governadores seguem ignorando as críticas do presidente e vêm anunciando novas medidas restritivas.
R7