Enquanto o RN sofre para abrir novos leitos de UTI para o tratamento da covid, Associação de Assistência à Maternidade e Infância de Mossoró (Apamim) tem leitos prontos para receber pacientes, contudo, a falta de profissionais para o atendimento, impede tal ação.
Quem garante essa disponibilidade é a interventora da Apamim, Larizza Queiroz, em entrevista ao Cenário Político (TCM Telecom). Ela explicou a impossibilidade atual de abrir, neste momento, os 10 leitos de UTI Covid que estão sendo anunciados pela Prefeitura de Mossoró e pelo Governo do RN, porque ainda não repassaram R$ 1,6 milhão referente a janeiro.
"O local já existe - podemos transformar os leitos clínicos em UTI, e temos oxigênio em reserva, mas não existe valor para formar equipe de UTI. Com salários atrasados, fica muito difícil montar equipe. Se houver o repasse é mais fácil conversar com o pessoal garantindo janeiro e fevereiro, mas infelizmente janeiro está atrasado e fevereiro estamos aguardando", disse a diretora.
Para entender
De acordo com Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado, para o funcionamento de 40 leitos UTI e 30 clínicos Covid, ficou acertado o repasse no valor de R$ 3 milhões, sendo 30% de responsabilidade do ente municipal e 70% do ente estadual. Em janeiro, o valor repassado pelo Governo Federal foi para a compra de insumos e materiais. O restante que falta para completar os 3 milhões acordados, ou seja R$ 1,6 mi, são para o pagamento da folha de pessoal e outras despesas, de acordo com Larizza.