Ex-dono do Chelsea, Abramovich e dois ucranianos apresentaram sinais de envenenamento

28/03/2022 às 17:10


Três pessoas que participaram de uma reunião em Kiev, capital da Ucrânia, no início de março, para negociar um acordo de paz com a Rússia apresentaram sinais de envenenamento. A informação foi divulgada pelo jornal americano Wall Street Journal.

Em reportagem publicada nesta segunda-feira (28/3), o oligarca russo Roman Abramovich e dois negociadores ucranianos foram apontados como vítimas de um suposto envenenamento. Não há informação sobre de quem teria partido o ataque.

As equipes que investigaram o caso não conseguiram determinar o tipo de investida que os envolvidos sofreram, mas consideram a possibilidade de um agente químico ou biológico ter sido utilizado, além de radiação.

Eles teriam apresentado sintomas, como olhos vermelhos e lacrimejantes e descamamento de pele. Todos foram atendidos em hospitais e melhoraram, sem risco de morrer.

Abramovich, segundo agências internacionais de notícias, teve sintomas mais sérios. Chegou a perder a visão por várias horas e recebeu atendimento médico na Turquia, para onde tinha voado depois de participar informalmente do encontro entre ucranianos e russos.

Ex-dono do Chelsea, Abramovich está entre os punidos por sanções internacionais que foram impostas à Rússia por causa da invasão do território ucraniano.

Reunião
Cercados de pressão por todos os lados, representantes da Rússia e da Ucrânia tentarão, mais uma vez, selar um acordo de cessar-fogo para pôr fim aos bombardeios ao país liderado pelo presidente Volodymyr Zelensky.

A retomada ocorre após dias de estagnação, com direito a queixas públicas dos dois lados. Paralelamente à negociação empacada, mísseis cada vez mais potentes foram usados pelos russos em focos pontuais.

Novamente a Turquia será anfitriã para a conversa, que ocorrerá em Istambul, entre os representantes dos governos russo e ucraniano. É a segunda vez que o país abriga esse tipo de reunião diplomática, desde o início do conflito, em 24 de fevereiro.

O primeiro, e considerado até então o encontro mais emblemático, reuniu pela única vez os chefes da diplomacia russa, Sergey Lavrov, e ucraniana, Dmytro Kuleba. Terminou sem acordo e com um severa troca de acusações.

Nesta segunda-feira (28/3), o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, será o anfitrião da reunião político-diplomática. A primeira ocorreu quando a guerra completou 15 dias. Agora, já são 32.

O encontro acontecerá com mais um sinal de Zelensky de que pode ceder a uma das principais reivindicações da Rússia. Em entrevista dada a jornalistas independentes russos e revelada no domingo (27/3), ele declarou que a Ucrânia está aberta a discutir a adoção de uma política de neutralidade como parte do acordo de paz, e que considera fazer concessões sobre o domínio da região de Donbass – situada no leste do país e considerada separatista pró-Rússia.

Ele, porém, impõe condições: desde que obtenha garantias de segurança de outros países e que o acordo passe por um referendo entre os ucranianos.

O governo turco, em comunicado, confirmou que Erdogan conversou com Putin por telefone e que ressaltou a necessidade de um cessar-fogo. Além disso, pediu melhorias nas condições humanitárias na Ucrânia.

O país comandado por Recep Tayyip Erdogan tem defendido solução pacífica para o conflito e se oferecido para mediar a construção de alternativa à guerra. Os turcos tentam se equilibrar entre seus compromissos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), da qual fazem parte, e a amizade com o presidente Vladimir Putin.

A possibilidade de entrada da Ucrânia na Otan foi justamente o que desagradou a Rússia e desencadeou a invasão. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.

A quinta rodada de negociação — outras tiveram mais de uma reunião, por causa de “pausas técnicas”— foi confirmada por David Arakhamia, um dos coordenadores da delegação ucraniana que negocia o possível acordo. A previsão é que as negociações ocorram até quarta-feira (30/3).

Dmytro Kuleba pressionou os russos e afirmou, na sexta-feira (25/3), que as conversas estão “muito difíceis”. O negociador russo, Vladimir Medinsky, admitiu que o diálogo não está fluindo.

Metrópoles

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