A governadora Fátima Bezerra (PT) foi taxativa durante a campanha eleitoral: o Governo dela nomeou 400 novos policiais civis, ao realizar um concurso público depois de mais de 10 anos de espera. Na época, a 96 FM até apontou que a governadora estava "arredondando" o prazo (a nomeação ainda não havia acontecido) e o efetivo. Hoje, veio a confirmação: dos 400 alunos chamados para o curso de formação (que foi o número usado na propaganda), apenas 333 foram empossados hoje (7), em cerimônia realizada no Holiday Inn, com a presença da própria Fátima Bezerra.
É bem verdade que o Estado espera ter policiais civis sim. Afinal, foram apenas 333 empossados porque 27 foram nomeados, mas pediram prorrogação do prazo de posse. Contudo, mesmo assim, não há como negar que, de fato, 40 desistiram de se tornar policial civil. Pelo menos, de se tornar policial civil no Rio Grande do Norte, visto que preferiram optar por outros concursos públicos e deixaram o curso de formação.
NOMEAÇÃO
Em solenidade realizada no auditório do Holiday Inn, a governadora Fátima Bezerra saudou os novos policiais, destacando a importância de aumentar o quadro de efetivos. “Resolvemos encarar esse assunto com toda seriedade e necessidade que ele demandava. E não foi fácil. Certamente, para os policiais civis que não são aqui do Rio Grande do Norte não têm noção da realidade em que encontrei o estado quatro anos atrás. E me dá uma alegria imensa sabermos como fomos ousados e competentes pra chegarmos aqui”, disse a governadora, ao mencionar outras medidas, como valorização da categoria, passando por melhor estruturação física, aquisição de equipamentos e investimentos em tecnologia e inteligência.
EFETIVO AINDA É PEQUENO
Apesar de reconhecerem a importância dessa posse dos mais de 300 policiais civis, tanto Sindicato dos Agentes da Polícia Civil (Sinpol), quanto a Associação dos Delegados de Polícia Civil (Adepol) ressaltam que é preciso novas nomeações num futuro breve. Por isso, a necessidade do Estado se organizar para abrir, o mais brevemente possível, um novo curso de formação.
“O Governo do RN tem legitimidade para buscar um novo TAG (termo de ajustamento de gestão) e abrir um novo curso de formação. A gente acredita que o governo tem vontade política para isso, pois a governadora já externou que tem o desejo, mas sempre invoca as questões orçamentárias. A gente está procurando sensibilizar todos esses atores, para a necessidade que isso se efetive”, destaca a presidente da Adepol, delegada Taís Aires.
De acordo com a comissão do concurso, outros 1.569 classificados, entre agentes, delegados e escrivães, aguardam convocação, o que ainda não tem data para acontecer. Todos já foram aprovados em todas as etapas anteriores ao Curso de Formação (CF). Para a primeira turma do CF foram chamados 400 classificados, sendo 300 agentes, 50 escrivães e 50 delegados.
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