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Eduardo Bolsonaro duvida de tortura a Míriam Leitão: “Não tem vídeo”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (União Brasil-SP) voltou a comentar o episódio de tortura imposto pela ditadura militar à jornalista Míriam Leitão em 1972.

O filho 03 do presidente Jair Bolsonaro (PL) não se desculpou ao abordar o assunto nesta terça-feira (5/4) e ainda duvidou que a jornalista tenha sido, de fato, colocada, grávida e nua, em uma sala escura com uma cobra numa sessão de tortura durante o regime militar.

“A Míriam Leitão certamente não se sentiu ofendida”, avaliou Eduardo Bolsonaro em entrevista a um canal governista no YouTube.

“E ela só tem a palavra dela, dizendo que foi vítima de uma tortura psicológica quando foi jogada dentro de uma cela junto com uma cobra. Eu fico com a pulga atrás da orelha, porque você não tem um vídeo, não tem outras testemunhas, não tem uma prova documental, não tem absolutamente nada. E esse pessoal que está acostumado a mentir e que nada faz quando artigos torcem pela morte do presidente [Bolsonaro]. Fica difícil acreditar que esse pessoal é tão pró-direitos humanos, é tão assim do paz e amor”, afirmou o parlamentar, que teve a cassação pedida por PSol e Rede Sustentabilidade na última segunda (4/4).

Conselho de Ética
Na representação, os partidos argumentam que o deputado pregou o rompimento da ordem constitucional e do regime democrático, fez apologia a crimes – especialmente a tortura –, e abusou, de forma machista e misógina, de suas prerrogativas parlamentares, além de atentar contra a dignidade do Parlamento.

No domingo (3/4), Eduardo Bolsonaro escreveu, numa rede social, “ainda com pena da cobra”, em resposta a uma postagem da jornalista Míriam Leitão. Na publicação, ela afirmou que o presidente Jair Bolsonaro é um inimigo confesso da democracia, ao contrário do ex-presidente Lula.

“Sou vítima”

Eduardo Bolsonaro ainda disse que é a vítima no episódio. “A esquerda não se sentiu ofendida com a minha piada”, avaliou ele. “Isso que tô sofrendo agora, eu tô sendo vítima do patrulhamento do politicamente correto. E o politicamente correto não é sobre o que se fala, mas sim sobre quem fala. O Lula pode falar que o STF está acovardado, chamar a militância do grelo duro, falar que Pelotas [cidade do RS] é um polo exportador de viado, e nada acontece com ele. Não tem nota de repúdio das feministas, não tem nota de repúdio de movimentos sociais, e a vida continua numa boa”, completou ele.

A tortura a Míriam Leitão

Míriam Leitão relatou o terror da tortura que sofreu durante uma entrevista em 2014 ao jornalista Luiz Cláudio Cunha, que estuda o período ditatorial e é autor de Operação Condor: o Sequestro dos Uruguaios. Após décadas de silêncio, ela relatou sua prisão e tortura no quartel do Exército em Vila Velha, nos anos 1970.

O depoimento foi publicado originalmente no Observatório da Imprensa. Veja a íntegra.

Metrópoles

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