Uma postagem nas redes sociais do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFRN trouxe à tona denúncias de assédio às mulheres do Madrigal da UFRN.
Leia abaixo o relato:
“Por volta de abril de 2022, o Madrigal da UFRN (projeto de extensão de coral universitário) retornou às suas atividades e ensaios presenciais na Escola de Música. Infelizmente, esse retorno veio acompanhado de diversos casos de assédio direcionados especialmente às mulheres do coral. O professor substituto (maestro do coral), que já foi denunciado na Ouvidoria da UFRN por assédios morais e sexuais em 2018, vem perseguindo cerca de 5 coralistas.
Uma delas, sofrendo com os assédios morais e constrangimentos em público desde o retorno presencial, começou a ter fortes crises de ansiedade e de Herpes Zoster, ambos causados por stress e por consequência, faltando alguns ensaios. Relatando o ocorrido aos seus superiores, foi novamente assediada moralmente e escutou que estava mentindo, que não rendia nas performances pelos problemas de saúde pessoais e que isso não tinha relação alguma com as violências que vinha sofrendo do maestro do coral. Nessa mesma ocasião, após ser agredida verbalmente, essa aluna (bolsista remunerada), comunicou que estava considerando sair do projeto pois não aguentava mais tanto descaso. A Coordenadora Geral do mesmo interviu e pediu que ela refletisse sobre essa decisão com mais calma. Dois dias depois, a aluna teve sua bolsa cortada unilateralmente, perdendo as condições de se manter na universidade e sendo punida por denunciar.
As vítimas tomaram todas as medidas institucionais possíveis e conseguiram ontem (20/07), uma reunião com o setor de humanização da PROGESP e os membros do coro para traçar soluções em comum. Vale salientar, entretanto, que um desses membros tem relação pessoal com o assediador e fez o possível para implodir o espaço, causando crises de ansiedade em duas estudantes e em síntese, as culpabilizando. Ao total, são mais de 6 denúncias institucionalizadas e 10 informais contra o mesmo professor que não foram pra frente pois hoje a UFRN não tem uma política de anti-assédio que formalize no amparo às vítimas, e sim no acobertamento dos assediadores.
O DCE da UFRN vem por meio desta denúncia publicizar o ocorrido para proteger as estudantes, que hoje andam temerosas pelo campus”.
Será que a UFRN vai ser conivente a esse tipo de denúncia grave que foi relatata?
E esse relato de que servidores tentaram “abafar” o fato, também não merece investigação?
Bem que o Ministério Público Federal poderia atuar nesse caso para buscar os devidos esclarecimentos.
