Em meio a polêmica a respeito da lei sancionada pelo Governo do RN que oficializou a criação de cargos de diretores dos Departamentos de Proteção a Grupos em Situação de Vulnerabilidade (DPGV), Inteligência Policial (DIP) e Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DECCOR-LD), a Associação de Delegados de Polícia Civil do RN se manifestou e ressaltou que a medida já existia, mas não é a ideal.
Segundo a presidente da Adepol/RN, Taís Aires, a nova da lei não altera a regra atual, apenas oficializa a criação dos cargos de diretores dos departamentos, cuja nomeação sempre foi pelo chefe do Poder Executivo.
"Essa regra, no entanto, não tem a concordância da Associação dos Delegados de Polícia Civil do RN (Adepol), visto que reduz a autonomia do policial e da própria Delegacia-Geral da PCRN, uma vez que os cargos de direção da Polícia Civil são nomeados pela Chefia do Executivo e não pela Degepol", afirmou a presidente da Adepol.
Na visão da instituição, a nomeação de cargos de direção da Polícia Civil deveriam ser livre escolha da Delegacia-Geral, assim como entende, também, que a inamovibilidade do delegado de Polícia Civil deveria ser maior (atualmente é de apenas um ano), "com o objetivo de reduzir ingerências políticas e prejudicar o andamento de investigações".