Quando Walter Alves chegou ao mundo, dentro da maternidade, nos primeiros choros, já entrou na política.
Filho, neto, sobrinho-neto, sobrinho, primo, tudo ao seu redor era política, todos eram políticos.
Walter sempre foi ambicioso, sabido, compensava a falta de oratória, com a educação e articulação. Se bem que era muito fácil ser articulado sendo filho do maior líder político dos últimos 50 anos do RN.
Agora Walter será governador, mas diz que não tentará a reeleição ou outro cargo. Isso é muito estranho, por mais que tenha um combinado para ser indicado para a vaga do tio no TCE. Vaga que o pai dele deu ao tio, tudo em família, por nossa conta.
Mesmo se perdesse a reeleição, Walter podia ser indicado do mesmo jeito para o TCE. Um Alves jamais desiste da política, a política é que desiste deles, como vimos com Henrique, Carlos Eduardo, Ana Catarina e o próprio Garibaldi (esse pelo menos tem serviços prestados).
Não pensem que Walter quer a aposentadoria, essa história é muito mal contada. Conversei com um especialista em Walter Alves (sim, existe isso), ele diz que Walter não é candidato e que não tem espaço no governo Fátima Bezerra. Indaguei por que Walter não dar um declaração, faz uma crítica, afinal em menos de um ano Fátima será dependente dele, pelo menos da estrutura do governo do estado. A resposta foi seca, ele não quer confusão.
Walter é uma mistura de uma esfinge com o retrato de Monalisa, é enigmático, só não é burro ou besta. Pode ter certeza, Walter pode mudar igual as nuvens, só não vai ficar parado vendo ser engolido o pouquinho de poder que ainda resta.