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Veja seis perguntas em aberto sobre a morte de Juliana Marins na Indonésia

Há uma semana, a brasileira Juliana Marins caiu em uma das paredes do monte Rinjani, uma das atrações turísticas mais populares da Indonésia, com 3.726 metros de altitude.

Nesta quarta-feira (25), o corpo dela foi resgatado com múltiplas fraturas e com grave hemorragia interna, o que explicaria a morte, explicou o médico legista que fez a autópsia.

Nos próximos dias, o corpo deve ser trasladado para o Brasil, onde será velado e enterrado. Ainda há perguntas sem respostas sobre a queda em si e sobre o resgate.

Como foi a primeira queda?
O que se sabe é que Juliana Marins caiu após ter sido deixada para trás pelo guia, para descansar. A primeira imagem feita dela, por um drone de turistas espanhóis, no sábado (21), mostrou que ela estava a cerca de 200 metros da trilha, em uma área com muitas pedras soltas e pouca vegetação.

Quantas vezes Juliana caiu?
Após a primeira imagem, ela foi avistada novamente apenas no dia seguinte, por um drone com imagem térmica da equipe de socorristas. Naquele momento, ela estava presa em uma encosta rochosa a cerca de 500 m da trilha, imóvel.

Já no momento do resgate, na quarta, ela estava a cerca de 650 m da borda, em uma área rochosa, o que sugere que ela pode ter caído mais de uma vez.

Por que há diferença entre os horários de morte divulgados?
A Basarnas, agência responsável pelas buscas e resgates da Indonésia, informou a família que Juliana havia sido encontrada já sem vida na noite de terça-feira (24) no horário local, por volta das 11h de Brasília. Já o legista estimou a morte entre 14h de terça e 2h de quarta, no horário de Brasília.

Especialistas ouvidos pela Folha avaliam que é muito difícil precisar o horário da morte porque uma série de elementos importantes comumente usados em autópsia para determinar o horário de morte não pôde ser analisada pelas condições em que o corpo da jovem foi encontrado no monte.

Além disso, a autópsia foi realizada apenas na noite de quinta-feira (26), após o corpo ser transportado em um freezer por horas até a cidade de Bali. Esse período de mais de 24 horas também influencia na definição da hora da morte, segundo o legista.

Por que ela não usava casaco?
A imagem feita pelo drone dos espanhóis mostrou que Juliana usava apenas calça jeans, uma camiseta de manga curta, luvas e botas. Não se sabe se ela carregava mochila e outros equipamentos.

Montanhistas e turistas que já fizeram a trilha afirmam que, à noite, a temperatura pode chegar a 4°C. Por isso, o casaco é necessário para evitar hipotermia.

Por que o resgate demorou?
Um dos pontos mais criticados pela família e pelos brasileiros que acompanharam o caso foi a demora no resgate. As autoridades locais disseram que enfrentaram dificuldades como terreno íngreme, altitude e mau tempo.

Em depoimento nas redes sociais, o geógrafo e montanhista Pedro Hauck afirmou que a Indonésia é um país pobre e não possui um serviço de resgate igual ao do Brasil, onde equipes ficam de prontidão e atendem 24 horas por dia.

E o Parque Nacional Monte Rinjani, onde fica o vulcão, não possui uma equipe especializada de plantão. Assim, quando ocorre um acidente como o de Juliana, é preciso reunir socorristas, muitos voluntários, e levar equipamentos até o local para iniciar as buscas. Não há infraestrutura ou equipamentos de resgate disponíveis na montanha.

O governo indonésio vai investigar a morte?
Até o momento, nenhuma autoridade do país se manifestou. Após a confirmação da morte de Juliana, sua família publicou na página do Instagram que iria em busca de justiça, dizendo que houve negligência da equipe de busca.

Segundo a postagem, se a equipe tivesse chegado dentro do prazo estimado, Juliana ainda estaria viva. Como resposta a essa declaração, o chefe da Basarnas, agência responsável pelas buscas e resgates da Indonésia, destacou a dificuldade das buscas devido ao terreno e às condições do clima.

Folha de São Paulo

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