O ataque hacker que teve como alvo a C&M Software, empresa que presta serviços para instituições provedoras de contas transacionais que não possuem meios de conexão própria, afetou clientes de alguns bancos, que ficaram sem acesso ao Pix.
A notícia é do Metrópoles. Fundada em 1992, a C&M Software é a companhia responsável pela mensageria que interliga instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) – o que engloba o ambiente de liquidação do Pix, sistema de transferências e pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC) em 2020 e amplamente utilizado pelos brasileiros.
O principal foco de atuação da empresa é o desenvolvimento de soluções para operações no ecossistema de pagamentos instantâneos.
De acordo com relatos do mercado financeiro reproduzidos pelo jornal O Globo, pelo menos seis instituições financeiras teriam sido afetadas pela ação criminosa, com desvios de recursos de contas de empresas e interrupção temporária de operações via Pix.
Uma dessas instituições atingidas é o Banco Paulista, que relatou que “uma falha no provedor terceirizado” levou à interrupção temporária do Pix. Segundo nota do banco, suas equipes técnicas vêm trabalhando em parceria com o BC para o restabelecimento do serviço o mais rápido possível.
“A falha foi externa, não comprometeu dados sensíveis nem gerou movimentações indevidas”, afirmou o Banco Paulista, por meio de nota.
Uma das instituições mais afetadas foi a BMP, provedora de serviços de “banking as a service” que está em operação desde 1999. No ano passado, a BMP reportou uma receita bruta de R$ 804 milhões e um lucro líquido de R$ 231 milhões.