Santos defende pênalti, Brasil vence o México e disputará o bi olímpico

03/08/2021 às 07:48


O Brasil venceu o México por 4 a 1 nos pênaltis depois de empate sem gols no tempo normal e na prorrogação e se classificou hoje (3) para a final do futebol masculino nas Olimpíadas de Tóquio. O gol decisivo foi marcado por Reinier, em Kashima.

Santos defendeu a cobrança de Eduardo Aguirre e viu Johan Vásquez acertar a trave — Carlos Rodríguez foi o único que acertou pelos mexicanos. Daniel Alves, Gabriel Martinelli, Bruno Guimarães e Reinier marcaram pelo Brasil. É a terceira final seguida de Jogos Olímpicos do Brasil, que defende o ouro conquistado na Rio-2016.

A final das Olimpíadas será no sábado (7), às 8h30, no Estádio Internacional de Yokohama, contra Japão ou Espanha — que definem o classificado ainda hoje, a partir de 8h. Já a disputa pela medalha de bronze é na sexta, às 8h, em Saitama.

Experiência à vontade
Mais lateral do que meio-campista hoje, Daniel Alves foi o melhor do Brasil porque usou sua experiência para evitar lances de precipitação, como foi rotina com os atacantes, e organizar de trás o jogo da equipe. À vontade, o lateral-direito mostrou muita facilidade para o jogo de trocas de passe curtas e ainda teve uma das melhores chances de gol ainda no primeiro tempo, em cobrança de falta defendida por Ochoa. Na responsabilidade da cobrança do primeiro pênalti, colocou o Brasil em vantagem e comandou a festa da classificação.

Dupla de volantes sofre
Diferentemente dos outros adversários do Brasil nas Olimpíadas — com a exceção da Alemanha —, o México tentou pressionar a defesa do Brasil e criou chances de gol desde o começo. A marcação encaixada de Luis Romo e Córdova (depois Ricardo Angulo) sobre Douglas Luiz e Bruno Guimarães fez a dupla de volantes sofrer para sair jogando e ainda ter que ocupar espaços defensivamente, o que forçou erros de passe e duelos pessoais perdidos. Com eles anulados e pressionados, tanto é que ambos tomaram cartão amarelo, o Brasil sofreu muito hoje.

Equilíbrio de chances e iniciativa
A lesão de Matheus Cunha abriu espaço para Paulinho na escalação original da seleção brasileira. Para além dessa mudança de jogador, o time mudou um pouco a forma de jogar. Diferentemente do que aconteceu contra times mais defensivos nos jogos anteriores, Arana ficou mais retraído para dar conta dos contra-ataques em velocidade do México e o Brasil atacou com três ou quatro jogadores, a depender do posicionamento de Claudinho. O time teve mais posse de bola no primeiro tempo, mas a impressão foi que o jogo nunca esteve controlado.

O Brasil teve boas chances com Arana depois de um lançamento de Bruno Guimarães com corta-luz de Claudinho, com Antony depois de passe de Daniel Alves na entrada da área e do próprio lateral numa batida de falta bem defendida por Ochoa. Também rolou pênalti marcado aos 27 minutos em Douglas Luiz e anulado após consulta ao VAR. O México reagiu depois de tomar pressão com duas chances depois dos 40: chute forte de Romo na área que Santos pegou e finalização de Antuna travada pela defesa depois de um erro de Claudinho na saída.

Essa divisão de chances no primeiro tempo mostra o equilíbrio. Em vez de tentarem aumentar o ímpeto, os times voltaram do intervalo com movimentos defensivos mais claros e o jogo esfriou. Os treinadores fizeram alterações para mudar essa história, com Diego Lainez de um lado, Gabriel Martinelli e Reinier de outro. O Brasil teve uma boa chance aos 36 minutos da etapa complementar, com cruzamento de Daniel Alves na área e cabeceio de Richarlison na trave. Martinelli não pegou o rebote, mas a prova de força brasileira não evitou o 0 a 0 no tempo normal.

Prorrogação morna
André Jardine lançou Malcom no intervalo entre o tempo normal e a prorrogação e Jaime Lozano chegou às seis substituições permitidas ainda no primeiro tempo do período extra, mas as equipes seguiram pouco inspiradas no ataque e fazendo o possível para não dar brechas para o contra-ataque. Uma chatice. O Brasil quis mais jogo no segundo tempo, procurou a linha de fundo com Guilherme Arana, mas não criou nada consistente ou que obrigasse Ochoa a trabalhar. Tampouco o México. A decisão era para ser nos pênaltis, mesmo.

UOL

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