Servidores fazem atos em Brasília e aumentam pressão sobre o governo Lula

17/04/2024 às 14:34


Servidores públicos federais realizam atos nesta quarta-feira, 17, em Brasília, para reivindicar reajuste salarial e reestruturação de carreiras. A mobilização de outras categorias, em meio à greve dos funcionários da educação, aumenta a pressão sobre o governo federal.

Os funcionários se reuniram na Catedral de Brasília às 9h e caminham até a sede do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, responsável pela negociação. Às 14h, docentes e técnicos dos institutos federais de ensino e das universidades federais organizam um “aulão” em frente ao Ministério da Educação.

Na tarde de terça, também foi realizada uma audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir as demandas dos servidores. Outros atos estão previstos para quinta-feira, 18.

Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), 24 universidades e institutos federais estão em greve. Já os servidores do Ibama e ICMBio suspenderam ações de fiscalização e focam somente em atividades burocráticas há três meses. Há ainda paralisações pontuais e mobilização em outros setores, como Receita Federal, Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários e auditores fiscais agropecuários. 

O Ministério da Gestão instalou uma mesa de negociação permanente em fevereiro de 2023, mas enfrenta o desafio de arrumar espaço no orçamento sem prejudicar as políticas sociais. O governo propõe o aumento de benefícios (auxílio-alimentação, creche e saúde) em maio, mas a recomposição salarial seria negociada carreira a carreira, sem a garantia de reajuste ainda neste ano. O prazo para que os servidores deem uma resposta sobre a proposta é 19 de abril, mas eles indicam que não haverá acordo. 

A ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou que o reajuste não está previsto para este ano porque o aumento linear de 9%, autorizado em 2023, teve um “impacto grande” no Orçamento de 2024. Ela garantiu, porém, uma recomposição de 19% até o fim do mandato de Lula.

“O que a gente tem pactuado inicialmente dentro do governo é que a gente garantiria para todo mundo 9% (em 2023), mais 4,5% (em 2025) e 4,5% (em 2026). Ao todo, 19% acima da inflação do período. Ninguém teria perda ao longo do governo do presidente Lula”, disse em entrevista ao programa “Bom dia, ministra”.

Maquiavel - VEJA

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