Blog do Gustavo Negreiros

Os brasileiros estão fazendo substituições na lista da ceia do Ano Novo para driblar a alta dos itens mais procurados. O ingrediente que a maioria procura é preço baixo.

“Em vez de comprar essas carnes mais caras, a gente compra carne mais barata. Tem gente que se empolga e, quando é no começo do ano, fala: ‘Nossa, eu não percebi que gastei tanto”, destacou o aposentado Gidalberto Bonfim.

A alta de preços é parte da retrospectiva do ano. Em 2021, vimos a inflação alcançar dois dígitos e bastou entrar no supermercado para sentir o impacto no poder de compra. Aí entrou para o ritual do Ano Novo do brasileiro uma lista de compras mais barata para a ceia e outra de desejos para a economia do país.

“O brasileiro está sofrendo muito com essa alta dos preços. Ele não consegue mais fazer o que ele deseja para a família. Então, o meu desejo é que esse ano possa baixar um pouco essa inflação”, definiu Maria José Dias da Silva.

“A inflação vai fechar esse ano perto de 10%; ano que vem, talvez 4%, 4,5%, 5%, ou seja, a metade. Mas para o consumidor que, no fim das contas, vai ao supermercado, os preços subirão num ritmo menor, talvez, mas continuarão subindo. O importante mesmo é o emprego e a renda recuperarem, para poder compensar um pouco essa perda do poder de compra”, explicou Guilherme Moreira, coordenador do IPC da Fipe.