Partidos movimentam R$ 2 bilhões para campanha de deputados federais

19/09/2022 às 20:02


Na última semana, terminou o prazo para prestações de contas parciais ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os candidatos a deputado federal já gastaram R$ 2 bilhões. Em 2018, foi movimentado R$ 1,34 bilhão. O montante supera, em 48%, o valor declarado no pleito anterior.

Terça-feira (13/9) foi o último dia para que os partidos políticos, as federações, as candidatas e os candidatos encaminhassem à Justiça Eleitoral a primeira prestação de contas parcial, com o registro da movimentação financeira ocorrida desde o início da campanha até 8 de setembro.

Ao todo, 6.747 postulantes entregaram à Justiça Eleitoral comprovantes com a movimentação de dinheiro de 16 de agosto até 8 de setembro. Trata-se da primeira prestação de contas parcial. Nas eleições deste ano, os candidatos a deputado federal poderão gastar até R$ 3,17 milhões.

Para financiar esses gastos, os candidatos podem, respeitando limites previstos, usar: recursos próprios, doações, verbas públicas distribuídas pelos partidos e os fundos partidário e eleitoral. A maioria dos recursos vem das legendas: R$ 1,8 bi de fundo eleitoral e R$ 83 milhões do fundo partidário. O montante referente a doações é de R$ 73,5 milhões, e R$ 22 milhões são de verba própria.

Até o momento, a sigla do União Brasil reúne a maior parcela de receita declarada. São R$ 262,6 milhões declarados por 458 concorrentes à Câmara. Seguido por PP, com R$ 234,8 milhões; MDB, com R$ 180,3 milhões; PSD, com R$ 172,1 milhões; e Republicanos, com R$ 160,5 milhões.

No recorte estadual, São Paulo sai na frente com mais recursos de campanha eleitoral, reunindo R$ 299,7 milhões. O estado é o maior colégio eleitoral do país, e tem 34.667.793 eleitores aptos a votar nas Eleições de 2022. São Paulo é seguido de Minas Gerais, com R$ 167,3 milhões gastos; Rio de Janeiro, R$ 162, 9 milhões; e Bahia, R$ 135,3 milhões.

Gastos

De acordo com o TSE, os principais gastos declarados até agora foram com adesivos e impressos, totalizando R$ 130 milhões. Em segundo lugar, a movimentação das ruas e as militâncias reúnem R$ 51 milhões. Outros R$ 17 e R$ 15 milhões bancaram a criação de conteúdos e gastos com transporte, respectivamente.

Outra parte substancial dos gastos se destina a serviços, principalmente de advogados (R$ 17 milhões) e contadores (R$ 12 milhões). Outros serviços prestados por terceiros somam R$ 29 milhões.

Os candidatos devem apresentar a especificação de todos os valores doados e recebidos; a identificação dos gastos realizados, com detalhamento das fornecedoras ou dos fornecedores; e a indicação da advogada ou do advogado responsável pelas contas de campanha.

A ausência dos recibos de prestação de contas caracteriza infração grave, a ser apurada na ocasião do julgamento da prestação de contas final pela Justiça Eleitoral.

Metrópoles

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