Em interceptação da PF, Marcola declara voto em Lula. "É melhor, mesmo sendo um pilantra"

01/10/2022 às 19:07


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A Polícia Federal deflagrou em agosto a Operação Anjos da Guarda, que desbaratou um ousado plano de libertação de líderes do PCC, entre eles Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, transferido em março deste ano para uma penitenciária federal em Porto Velho. Os indícios do plano foram descobertos ainda no ano passado e a PF passou a monitorar as conversas entre Marcola, sua mulher Cynthia Giglioli da Silva Camacho e advogadas.

Além da interceptação telefônica, a Justiça autorizou a captação das conversas no parlatório dos presídios e escutas ambientais. No áudio de uma visita ocorrida em abril e obtido com exclusividade por O Antagonista, o criminoso reclama com a esposa das condições carcerárias, que, segundo a PF, estariam dificultando o planejamento de uma eventual fuga.

“Aqui tá pior, tô sendo oprimido de verdade aqui”, relata Marcola. Ao responder, Cynthia relaciona seu possível retorno à capital federal ao atual processo eleitoral e cita uma obra realizada no presídio. “Então, você vai ficar aqui provavelmente até a eleição, trocou o governo cê volta (sic) passando as eleições, você deve voltar para Brasília porque o muro que fizeram lá era por causa de você.”

Em seguida, ele relata que, mesmo não estando em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), foi isolado na carceragem de Porto Velho para evitar o envio e o recebimento de mensagens de fora da cadeia. “Os caras tiraram todo mundo do pavilhão e deixaram só eu, sozinho. Eu tô sozinho entendeu (…) Eu não tô em RDD, eu tô no pavilhão normal sozinho, tiraram 50 caras.”

O Antagonista

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