Em nova audiência com senadores, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello disse que um contrato de uso emergencial do imunizante da Pfizer/BioNTech, que já começou a ser aplicado no Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, não é o melhor cenário, "mas pode ajudar" no momento.
“Eu sou a favor do uso emergencial, mas precisamos ter cautela e respeito pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Se perdermos a nossa última linha de defesa, que é a nossa agência reguladora, como colocaremos isso pra população?”, reforçou.
O contrato da Pfizer prevê que a farmacêutica não se responsabilize por eventuais reações adversas no futuro. A empresa também só poderia ser julgada por tribunais internacionais. A liberação de uso emergencial acontece quando a comprovação científica de eficácia, qualidade e segurança não foi concluída. Por isso, o termo de consentimento e responsabilidade são exigidos. Na Inglaterra e nos EUA também está sendo assim.
“Quando a gente fala de Pfizer, as colocações do presidente da empresa foram muito duras. Eles querem 100% de isenção de responsabilidade e não querem ser julgados no Brasil. Isso é complicado, mas, pasmem, estamos pensando em aceitar”, explicou o ministro. Ele acrescentou que, caso o governo federal decida assinar o contrato para uso emergencial da Pfizer, o Congresso também teria de dar o aval.
“De dois meses para cá, a única melhora nesse contrato foi o fornecimento da ‘caixinha’ de transporte de baixa temperatura”, detalhou. Esse imunizante necessita ser transportado é armazenado a -70° C, o que as geladeiras do SUS não comportam."
CNN Brasil