A batalha contra a pandemia da Covid-19 deu passos importantes nos últimos dois meses deste ano, visto que duas novas iniciativas de vacinas contra a doença e um medicamento para tratar o coronavírus, apresentado pela AstraZeneca, chegaram à fase três de testes clínicos.
As mais recentes candidatas a vacina a chegar na fase 3 de desenvolvimento são a Covaxin, iniciativa indiana, da empresa Bharat Biotech, e a RBD-Dimer, do laboratório chinês Anhui Zhifei Longcom Biopharmaceutical.
A Covaxin envolve apenas instituições indianas e a fase três de testes começou em 16 de novembro, com o objetivo de recrutar 26 mil voluntários. Pouco mais de um mês depois, a farmacêutica anunciou que metade desse número já havia sido alcançado. Trata-se do maior teste clínico conduzido por pesquisas de imunizantes contra a Covid-19 no país e os voluntários receberão duas doses intramusculares com 28 dias de diferença entre as aplicações.
A vacina indiana usa a tecnologia do vírus inativado e é desenvolvida pelo Instituto Internacional Bharat de Biotecnologia, em parceria com o Conselho Indiano de Pesquisas Médicas (ICMR, na sigla em inglês), através de seu Instituo Nacional de Virologia (NIV, na sigla em inglês).
Já a RBD-Dimer, conduzida por instituições chinesas, é liderada pela biofarmacêutica Anhui Zhifei Longcom em parceria com o Instituto de Microbiologia da Academia Chinesa de Ciências.
A empresa informou que a fase três de testes se iniciou no dia 6 de novembro, deve durar um ano e tem o objetivo de recrutar 29 mil voluntários. Imunizante e placebo serão aplicados em pessoas de 18 anos ou mais, de maneira intramuscular. A plataforma pela qual a vacina foi desenvolvida é chamada subunidade proteica e envolve a aplicação de proteínas do novo coronavírus diretamente no corpo humano.
A AstraZeneca, farmacêutica anglo-sueca, além de desenvolver estudos em busca de uma vacina ao lado da Universidade de Oxford, também trabalha na criação de um possível medicamento que pode dar imunidade instantânea à Covid-19.
Trata-se da droga batizada de "AZD7442", feita a partir da combinação de anticorpos. Os estudos do medicamento já estão na fase três de testagem e envolvem a participação de mais de 6 mil pessoas. Em cerca de 5 mil delas, a análise focará na capacidade do medicamento de prevenir a infecção por até 12 meses. Em outras 1,1 mil, o objetivo será avaliar a capacidade de ação da substância depois que um voluntário for exposto ao vírus.
Em entrevista ao jornal The Guardian, do Reino Unido, cientistas britânicos afirmaram acreditar que o medicamento já esteja disponível no mercado entre março e abril de 2021, caso tenha eficácia e segurança comprovadas por testes clínicos.
Fonte: CNN Brasil.