De uma raposa com os pelos brancos da experiência: “enquanto a Governadora Fátima não decidir quem vai ser o membro do MP que ocupará a vaga de Desembargador no Tribunal de Justiça, nenhum promotor vai incomodar o governo dela.”
O promotor Wendell Beetoven até tentou peitar o governo Fátima no início do lockdown. Foi desautorizado pelo PGJ Eudo Leite e, tendo insistido em guerrear os decretos do governo no TJ, foi representado pelo próprio PGJ no Conselho Nacional do Ministério Público, algo inédito no RN!
Acontece que Eudo Leite deixará a PGJ nos próximos meses, ainda muito longe da abertura de uma vaga no quinto constitucional. Os desembargadores Judith Nunes e Claudio Santos, serão substituídos, depois da aposentadoria aos 75 anos, por membros do MP. Para ter alguma chance, o promotor precisa ser "bonzinho".
Tudo indica que a próxima PGJ será a promotora de justiça Elaine Cardoso, atual PGJ Adjunta, ou a promotora Juliana Limeira, esposa do Secretário de Tributação Cadu Xavier, e parente de pessoa muito ligada à governadora.
Somente depois da escolha do próximo PGJ é que o jogo para a vaga no TJRN será intensificado, mirando-se as duas vagas do quinto constitucional para o MP, ficando a OAB apenas com a terceira, ocupada por Glauber Rego.
A engenharia político- institucional pode ser mais complexa até do aquela de pedir os votos dos eleitores nas eleições para os cargos eletivos do Executivo e do Legislativo.